IAC visita usinas do Nordeste para alinhar ações de melhoramento genético de cana e disseminar práticas como manejo do terceiro eixo
21-03-2022

Daniel Nunes da Silva levando as pesquisas do Programa Cana IAC às unidades sucroenergéticas nordestinas. Crédito Foto: Daniel Nunes da Silva
Daniel Nunes da Silva levando as pesquisas do Programa Cana IAC às unidades sucroenergéticas nordestinas. Crédito Foto: Daniel Nunes da Silva

O Instituto Agronômico, por meio do Programa Cana IAC, desenvolve pesquisas de melhoramento genético da cana, além de tecnologias e práticas voltadas à sustentabilidade da atividade

Parceiro do setor sucroenergético com foco na maior produtividade por muitos e muitos cortes, aumentando a competitividade da cultura canavieira, essa é uma forma simples de definir o Programa Cana IAC realizado pelo Instituto Agronômico, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

 As pesquisas do Programa Cana IAC envolvem melhoramento genético, ciências do solo, caracterização de ambientes de produção, fitotecnia, manejo de pragas e doenças e estimativa de produção. O IAC conta com rede de experimentação em 11 Estados brasileiros, com cerca de 160 empresas conveniadas. O resultado dos trabalhos engloba o desenvolvimento de vinte variedades IAC — 19 para o setor sucroalcooleiro e uma para fins forrageiros. O Programa gera também eficientes pacotes tecnológicos, que têm levado a competitividade da canavicultura paulista a outros Estados brasileiros e ao exterior (México, países da América Central e Continente Africano).

Desenvolver variedades de cana mais produtivas, atendendo as características de cada ambiente de produção e, com isso, possibilitando que expressem todo o seu potencial produtivo, tem sido uma das frentes de trabalho da equipe de pesquisadores do Programa Cana IAC.

Para disseminar esse conceito e ampliar a atuação do IAC, a equipe de profissionais do Centro de Cana, capitaneada por Marcos Landell, diretor-geral do Instituto Agronômico (IAC), pega a estrada, levando pesquisa e tecnologia para todos os cantos canavieiros.

Variedades de cana do IAC na Central Olho D'água em Pernambuco

Crédito Foto: Daniel Nunes da Silva

Foi o que fez, na semana de 14 a 18 de março, o engenheiro agrônomo Daniel Nunes da Silva, que atua na área de P&D e Adoção Tecnológica de Manejo Varietal (Variedades) em Cana-de-Açúcar do IAC, ao realizar um tour por unidades sucroenergéticas nordestinas. Esteve no Maranhão e no Piauí, onde visitou a Compav. “Iniciamos alguns projetos na região, entre eles o de melhoramento genético visando a introdução de genótipos de cana IAC. Estamos no início, mas a proposta é bem técnica com foco na incorporação de tecnologias IAC, entre elas as cultivares e o Manejo do Terceiro Eixo”, explica Daniel.

O conceito do sistema Manejo do Terceiro Eixo, desenvolvido pelo IAC, tem como objetivo principal mitigar e reduzir a exposição dos canaviais ao déficit hídrico, em especial daqueles com maior potencial de produção (mais jovens). A cana planta e as socas de primeiro e segundo corte têm um sistema radicular mais superficial. O ‘Terceiro Eixo’ preconiza, portanto, que essas áreas devem ser colhidas logo no início do ciclo, buscando reduzir seu estresse hídrico. Já as socarias mais antigas devem ser ‘deslocadas’ para o meio e final da safra, de uma forma sequencial corte a corte, colhendo as socas sempre com 13 a 14 meses, ganhando TCH e ATR, uma vez que seus sistemas radiculares estão mais desenvolvidos e aprofundados e, dessa forma, conseguirão enfrentar melhor déficit hídrico deste período da safra.

Visita equipe IAC à usina Petribu, em Pernambuco

Daniel atua na área de desenvolvimento de mercado (novos parceiros) e gestão de contratos, nesse sentido, visitou a Usina Petribu, em Pernambuco para alinhamento das ações do projeto de melhoramento IAC. Ainda no estado de Pernambuco, Daniel esteve na unidade Central Olho D'água para iniciar mais um projeto de melhoramento genético.

Na Paraíba, a Usina Miriri Alimento e Bioenergética recebeu a visita técnica de Daniel para alinhamento de ações dos projetos IAC. E em Alagoas, a usina visitada foi a Coruripe.