“Indústria não está preparada para processar esse aumento no volume de palha”
13-07-2015

O gerente industrial das unidades Santa Cândida e Paraíso, do Grupo Tonon, Antônio Carlos Viesser, afirma que, em sua maioria, as indústrias não estão preparadas para processar esse volume de impurezas vegetais (palha) que tem chego às unidades. “Isso se deve, primeiramente, ao aumento forçado da mecanização devido à antecipação da não queima da cana. Além disso, o momento financeiro em que vive o setor impossibilitou as usinas de investir em novos processos e melhorias em equipamentos”.

Ele conta que diversos foram os impactos na indústria, sendo o maior deles na moenda, pois, com o aumento da palha, se tem mais fibra, sendo a moenda um equipamento volumétrico calculado para processar fibra, acaba-se tendo duas vertentes, onde o volume de cana processado e a extração da moenda são menores.

Outros empecilhos são o aumento de torta de filtro e, por consequência, maiores perdas na torta; maiores desgastes com facas, martelos, pentes e camisas de moendas; maior consumo de eletrodo de chapisco; maiores desgastes com chaparia de esteira de cana e bagaço; desgastes prematuros de tubulações de caldeiras, dificuldades operacionais com sistema de lavagem de gases das caldeiras; aumento dos insumos na fábrica de açúcar; interferência da qualidade do açúcar em relação aos níveis de amido, cinzas e insolúveis no açúcar e problemas na fermentação relacionados à maior presença de ácido aconítico.

O gerente industrial afirma que, com esse cenário, as dificuldades são inúmeras, pois, para mitigar esses impactos, são necessários novos investimentos que, por hora, estão proibidos no setor. “No momento, cabe a cada empresa usar da criatividade para superar esses desafios.”
Veja matéria completa na editoria Tecnologia Industrial na nova edição da revista digital CanaOnline. Visualize no site ou baixe o aplicativo CanaOnline grátis para tablets e smartphones e baixe grátis as edições da revista – www.canaonline.com.br