Mário Campos reforça papel da cana e pede modernização da lei de cultivares para impulsionar inovação no setor
28-10-2025
Executivo participou de mesa redonda em evento da RIDESA Brasil
Por Andréia Vital
Durante o evento da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA Brasil), realizado no dia 22 de outubro, em Ribeirão Preto - SP, que marcou a liberação comercial de 18 novas variedades de cana-de-açúcar, o presidente da Bioenergia Brasil e da Siamig Bioenergia, Mário Campos, defendeu mais eficiência e integração para manter o protagonismo do Brasil na bioenergia.
Segundo ele, a cana-de-açúcar é o principal vetor da matriz energética renovável brasileira, representando dois terços da energia limpa do país. “A cana une produtores, indústrias, universidades e trabalhadores em um ecossistema produtivo que conecta o campo à cidade. É força econômica e política, essencial à transição energética”, afirmou.
Campos destacou avanços recentes em políticas públicas como o RenovaBio, o programa Mover, o marco do biometano, o hidrogênio de baixo carbono e o PL dos CBIOs, que estabelece repartição de receitas entre usinas e produtores. Para ele, essas iniciativas consolidam o setor como referência mundial em descarbonização.
O executivo defendeu a modernização da lei de proteção de cultivares, para garantir retorno a quem investe em pesquisa e inovação genética. “O etanol de milho cresce com custos menores; precisamos tornar a cana mais eficiente e competitiva. Isso exige novas variedades e incentivos à pesquisa”, observou.
Ao encerrar, Campos reforçou o papel da RIDESA no desenvolvimento tecnológico. “A integração é o caminho para o Brasil continuar liderando a transição para uma matriz energética limpa e sustentável”, concluiu.

