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Maurílio Biagi defende comunicação como ferramenta estratégica no agronegócio

Na mesa “Raízes que Escrevem o Futuro – Agro, Cultura e Conhecimento”, realizada nesta sexta-feira (22), na Biblioteca Sinhá Junqueira, dentro da programação da 24ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, o empresário Maurílio Biagi destacou a relevância da comunicação para aproximar o agronegócio da sociedade e combater distorções históricas. Segundo ele, o setor demorou a se preocupar com o que era ensinado nas escolas e permitiu a consolidação de desinformações que, em suas palavras, foram “propositais e articuladas”.

Biagi recordou o episódio da escassez de etanol em 1989, quando, apesar de haver estoque nas usinas da região, a população ficou sem abastecimento. Para o empresário, o caso exemplifica como a falta de transparência e a manipulação de informações podem gerar crises de confiança que perduram até hoje. “Até agora, muitas autoridades acreditam que a ausência de etanol foi causada por uma opção econômica dos usineiros, o que não corresponde à realidade”, afirmou.

O empresário ressaltou ainda como a comunicação pode alterar decisões políticas e estratégicas. Ele citou o exemplo recente do prefeito de Ribeirão Preto, Ricardo Silva, que, após tomar conhecimento de informações técnicas publicadas em artigo de sua autoria, reconsiderou a compra de ônibus elétricos importados e passou a avaliar a adoção do biometano, alternativa renovável produzida no Brasil. “A comunicação é tudo. Ela é a principal ferramenta para mudar realidades e direcionar escolhas mais sustentáveis”, concluiu.