Menos florescimento nos canaviais e mais açúcar no Triângulo Mineiro
12-03-2020

Ensaios com inibidor de florescimento de cana realizados no Triângulo Mineiro apresentam ganhos de 10 toneladas de açúcar por hectare (TAH)

Quando acontece o florescimento da cana, a planta começa a drenar a sacarose acumulada nos colmos para a emissão de flores. provocando a diminuição das quantidades totais de açúcares industrializáveis e quedas na produtividade agrícola, que podem chegar a 30%. O florescimento também pode ocasionar a isoporização – ou chochamento –, que se caracteriza pelo secamento do interior do colmo e perda de peso final, por conta da redução do volume de caldo.

O uso de inibidores de florescimento é a melhor alternativa para evitar tais prejuízos. Esse tipo de produto tem como função pausar o crescimento da planta para que não sejam emitidas folhas novas. Em menor número, os citocromos - presentes em folhas novas de canas adultas - não serão capazes de produzir os estímulos necessários para o florescimento, mesmo se todos os fatores, como clima e temperatura, induzam a isso.

Tabela Impulse

Fonte: Nufarm

Para auxiliar o segmento, a Nufarm passou a comercializar no Brasil o produto de marca Impulse® (Etefom). Segundo o engenheiro agrônomo Murilo Borges, gerente de produtos da empresa, trata-se de uma ferramenta de alta tecnologia que beneficiará o manejo de lavouras do setor canavieiro. “O produto tem como principais características inibir o florescimento, acelerar a maturação e estimular a brotação e o perfilhamento da cana-de-açúcar.”

Diversos estudos em nível de campo foram conduzidos pela Nufarm e por pesquisadores de renome na área. O objetivo era comprovar que o Impulse® constitui uma ferramenta estratégica para manejo dos canaviais brasileiros.

Na região do Triângulo Mineiro, os experimentos foram realizados pelo consultor da área de produção de cana-de-açúcar e sócio da empresa MS Consultoria, Michel Fernandes. Como resultados, o engenheiro agrônomo constatou: redução do florescimento e isoporização; incrementos da ordem de 10 toneladas de açúcar por hectare (TAH); ganhos no transporte agrícola e melhor extração de sacarose na indústria.

De acordo com Fernandes, os testes com o produto também apresentaram resultados positivos na questão da brotação, inclusive em Mudas Pré-Brotadas (MPBs). “Esses dados são relevantes e demonstram a viabilidade técnica e a eficiência do Impulse.”

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