Mercado de carbono possibilita novos produtos para o setor sucroenergético
21-10-2021
No dia 27 de outubro, às 16h00, Sócia da AgroVerde Consultoria em Sustentabilidade Estratégica participará da live “A cana-de-açúcar e o meio ambiente - Projetos ambientais, manejo biológico, produtos verdes, mercado de carbono e a COP 26”
Leonardo Ruiz
Nos últimos anos, a indústria mundial viu o surgimento de um novo mercado. Os créditos de carbono podem ser comercializados por companhias comprometidas com a sustentabilidade e adquiridos por pessoas físicas e jurídicas que queiram compensar suas próprias emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Na visão da Sócia da AgroVerde Consultoria em Sustentabilidade Estratégica, Juliana Farinelli, esse mercado de carbono surgiu da necessidade mundial de um maior cuidado para com os recursos naturais da Terra a fim de melhorar a qualidade de vida da população e mitigar os impactos advindos das mudanças climáticas. “Os créditos de carbono funcionam como uma remuneração e incentivo para aquelas organizações que estão auxiliando no processo de descarbonização.”
Na indústria canavieira, existem atualmente duas formas para a comercialização de créditos de sustentabilidade. A Bonsucro, player global que atesta a adoção de práticas sustentáveis em toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar, disponibiliza uma plataforma de negociação de créditos que oferece uma maneira direta para as empresas apoiarem unidades industriais e agricultores sustentáveis em todo o mundo. Ela atravessa cadeias de suprimentos globais complexas e conecta produtores e compradores diretamente, além de fornecer um incentivo financeiro aos produtores e usinas para seus investimentos em sustentabilidade.
Juliana Farinelli: “Os créditos de carbono funcionam como uma remuneração e incentivo para aquelas organizações que estão auxiliando no processo de descarbonização”
Foto: Arquivo pessoal
Atualmente, um crédito representa uma tonelada de cana-de-açúcar, açúcar bruto, melaço ou um metro cúbico de etanol certificados pela Bonsucro. Os produtores definem o preço de seus produtos, colocando-os no controle. A plataforma pode combinar os preços automaticamente com os requisitos do comprador. Os créditos são negociados separadamente dos produtos físicos que representam – que podem então ser vendidos em transações convencionais de commodities. Em dezembro de 2020, foi realizada a primeira comercialização através da plataforma. Quarenta produtores do Brasil venderam coletivamente 162.300 toneladas em créditos de cana sustentável para a Barry Callebaut, uma produtora mundial de chocolate.
Outra possibilidade é a venda de Créditos de Descarbonização (CBIOs), emitidos através do RenovaBio, política nacional de biocombustíveis que estabelece metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, de forma a incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país. Cada CBIO corresponde a uma tonelada de CO2 evitado e deve ser adquirido por distribuidores de combustíveis fósseis como forma de atingir suas metas de descarbonização.
“Nos últimos anos, o agronegócio tem sofrido com as constantes mudanças climáticas. Em paralelo, o consumidor final está cada vez mais atento, procurando por produtos que sejam produzidos com responsabilidade socioambiental. Esse é um caminho sem volta. O mercado de créditos no âmbito da sustentabilidade surge no melhor momento possível, impactando os modelos tradicionais de negócio e fazendo com que as empresas passem a considerar os recursos naturais como ativos dentro de suas estratégias”, analisa a sócia da AgroVerde.
No dia 27 de outubro, às 16h00, Juliana Farinelli participará da live “A cana-de-açúcar e o meio ambiente - Projetos ambientais, manejo biológico, produtos verdes, mercado de carbono e a COP 26”. O evento e contará com a participação de:
* Allan Henrique Pedrosa da Silva - Coordenador Corporativo de Sustentabilidade da Usina Coruripe;
* Juliana Farinelli – Sócia da AgroVerde Consultoria em Sustentabilidade Estratégica;
* Marcelo Morandi - Chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente;
* Miguel Ivan Lacerda - Diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e “pai do RenovaBio”;
* Olívia Merlin - Gerente de Qualidade e Meio Ambiente da Usina Lins;
* Samanta Pineda - Advogada Especialista em Direito Ambiental.
Serviço
Live “A cana-de-açúcar e o meio ambiente - Projetos ambientais, manejo biológico, produtos verdes, mercado de carbono e a COP 26”
Realização: CanaOnline
Data e horário: Quarta-feira (27/10), das 16h às 17h45
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