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Não basta fazer análise. É preciso conhecer a fundo outros indicadores de qualidade dos solos

Na última terça-feira (16), a CanaOnline, juntamente com o Cana Substantivo Feminino, realizou o encontro “Tempos modernos – das inovações do canavial aos novos produtos da cana”, que reuniu diversos pesquisadores e profissionais de usina para um profundo debate sobre as inovações agrícolas, industriais e administrativas que compõe a nova realidade do setor sucroenergético nacional. O evento integrou a programação oficial da Fenasucro & Agrocana - a maior feira do mundo exclusivamente voltada à toda cadeia produtiva de bioenergia –, que acontece esta semana em Sertãozinho/SP.

Durante a abertura do encontro, a Pesquisadora Científica do Instituto Agronômico (IAC) e Chefe do Núcleo de Pesquisa de Jaú do IAC, Raffaella Rossetto, falou sobre a importância de tratar os solos das propriedades rurais como patrimônios, pois serão eles os grandes responsáveis pelo sucesso ou derrocada da cultura ali implantada. “Temos que ter o máximo de cuidado com nossos solos, recuperando-os quando estão depauperados, e melhorando-os sempre que possível.”

Segundo ela, o setor copiou modelos europeus de preparo de solo, quando na verdade precisaria criar suas próprias formas de trabalho, uma vez que as condições locais diferem das encontradas no velho continente. “Nosso verão chuvoso e extremamente quente ocasiona muita perda de matéria orgânica. Além disso, o alto tráfego de máquinas causa muita compactação. Por conta disso, precisamos buscar constantemente melhorar a qualidade dos nossos solos e, para isso, não basta simplesmente conduzir uma análise superficial. É importante conhecer a fundo cada particularidade, desde a parte biológica até outros indicadores de qualidade.”