Não importa a idade do canavial, mas sim a sua produtividade
27-05-2019
É possível manter a alta produtividade das soqueiras por mais cortes, postergando a renovação
Os canaviais brasileiros nunca estiveram tão velhos. Dados dos principais institutos de melhoramento genético do Brasil apontam que o estágio médio de corte nos estados do Centro-Sul em 2018 foi o maior desde 1986, atingindo uma média de 3,9 anos. O ideal seria que esse valor figurasse, no máximo, em 3,5. O último ano abaixo desse número foi em 2015.
Esse envelhecimento dos canaviais é fruto de um setor ainda em crise, cujas dificuldades financeiras impedem o aumento das taxas anuais de plantio, processo entre os mais caros de todo o sistema produtivo da cana-de-açúcar. Por conta disso, raramente mais do que 12% das áreas foram reformadas nos últimos anos, valor muito aquém do ideal, em torno de 20%.
Renova-se o canavial, porque existe uma relação direta entre o estágio médio de corte com o aumento de produtividade. Canaviais mais velhos implicam diretamente em menos Toneladas de Cana por Hectare (TCH). Pesquisas apontam que, a cada rebrota da soqueira, o potencial produtivo poderá ser até 8.5 TCH inferior. Assim, normalmente, quando chega no quinto corte, a produtividade é tão baixa que não cobre nem os custos de produção.
No entanto, o setor cada vez mais tem descoberto que essa tradição de canavial velho ser improdutivo, pode ser quebrada. E que é muito mais viável economicamente realizar um plantio com excelência e depois cuidar muito bem da socaria para manter a produtividade alta por muitos cortes. Exemplos e soluções para alcançar vida longa para a cana-soca são destaques da edição 60 da CanaOnline.
VEJA EDIÇÃO 60 DA REVISTA DIGITAL CANAONLINE - http://www.canaonline.com.br/conteudo/edicao-60-portal-canaonline-maio-junho-2019.html

