Nardini divulga relatório de sustentabilidade da safra 2024/25
25-11-2025

Companhia apresenta avanços socioambientais e financeiros, com indicadores de eficiência, expansão e impacto comunitário

Por Andréia Vital

A Nardini Agroindustrial publicou seu Relatório de Sustentabilidade da safra 2024/25, documento elaborado de acordo com as diretrizes GRI (Global Reporting Initiative) e que consolida os principais indicadores econômicos, ambientais e sociais do ciclo. A companhia destacou crescimento consistente, melhora operacional, ampliação de investimentos e reforço das ações socioambientais em suas unidades de Vista Alegre do Alto - SP e Aporé - GO.

A receita bruta consolidada da empresa atingiu R$ 2,18 bilhões, um avanço de 24% em relação ao ciclo anterior. A receita líquida chegou a R$ 1,82 bilhão, impulsionada principalmente pela maior moagem, preços favoráveis do etanol hidratado no primeiro trimestre da safra e início das operações da nova fábrica de açúcar.

O Ebitda ajustado somou R$ 462 milhões, crescimento de 11%, com margem operacional de 25,3%. O caixa e as aplicações financeiras encerraram o período em R$ 287 milhões, aumento de 14,8% sobre o ano anterior, reforçando a liquidez da companhia.

O patrimônio líquido da Nardini chegou a R$ 1,05 bilhão, alta de 16,7%, refletindo novos investimentos estruturantes e maior eficiência no uso do capital. A empresa reduziu em 6% sua relação dívida líquida/Ebitda, demonstrando evolução na capacidade de pagamento e menor exposição a oscilações macroeconômicas.

Entre os investimentos, o destaque foi a conclusão da nova fábrica de açúcar em Aporé, que recebeu R$ 125 milhões e entrou em operação em abril de 2025. A unidade amplia a flexibilidade do mix e permitirá produzir mais de 2 milhões de sacas de açúcar VHP por safra, adicionando novas fontes de receita aos ciclos seguintes.

A safra 2024/25 foi marcada pelo crescimento da capacidade produtiva. A Nardini processou 5,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, avanço em relação às 5,3 milhões da safra anterior. O ATR médio cresceu 3%, refletindo melhor qualidade agrícola e condições climáticas favoráveis.

A produtividade agrícola ficou em 78,9 t/ha, e a colheita atingiu 100% de mecanização, eliminando o uso de queima e reforçando o compromisso com práticas sustentáveis.

Na área industrial, a eficiência energética e o reaproveitamento de subprodutos levaram ao aproveitamento integral dos efluentes, além do uso de vinhaça e torta de filtro para fertirrigação e adubação orgânica controlada.

O mix de produção manteve foco no etanol, que representou 52% do total, com aumento de 2,1% na produção final. Já o açúcar respondeu por 47%, tendência que deve crescer com a nova fábrica em operação.

O mercado interno representou 24,3% da receita, enquanto exportações de etanol e açúcar responderam por 52%, beneficiadas pelo câmbio e pela demanda internacional.

A companhia reforçou seu compromisso ambiental com ações de preservação e economia de recursos. Em 2024/2025, foram plantadas mais de 30 mil mudas nativas, somando 180 espécies diferentes e ampliando corredores ecológicos nas áreas de preservação.

O consumo específico de água registrou redução histórica, ficando 18% abaixo da média do setor. A empresa manteve índice de 100% de destinação adequada de resíduos sólidos, com reciclagem e reuso de materiais industriais, incluindo óleo, borracha, embalagens químicas e sucata metálica.

A energia gerada a partir da biomassa da cana garantiu autossuficiência energética e excedente vendido para o sistema elétrico nacional, contribuindo para uma matriz limpa e renovável. Emissões atmosféricas foram monitoradas por sistemas automatizados, com redução de 5,2% no CO₂ equivalente por tonelada processada.

A Nardini manteve seu papel relevante na economia regional, com mais de 3 mil empregos diretos e geração de aproximadamente 9 mil postos indiretos. Todos os colaboradores estão cobertos por acordos coletivos de trabalho, e o ciclo registrou mais de 130 mil horas de treinamento, abrangendo segurança, capacitação técnica, diversidade e programas de liderança.

A companhia investiu R$ 650 mil em projetos sociais, com foco em educação, cultura, saúde, apoio a entidades assistenciais e iniciativas ambientais. Programas internos de qualidade de vida beneficiaram trabalhadores rurais e industriais, com ações de saúde, ergonomia e assistência às famílias.

A Nardini encerra o relatório destacando que o ciclo 2024/25 consolidou avanços importantes em sustentabilidade, governança e desempenho econômico. Com a nova fábrica de açúcar e o fortalecimento de seus programas sociais e ambientais, a empresa projeta aumento da capacidade de agregação de valor e expansão da competitividade nos próximos ciclos.

Segundo a diretoria, “os resultados são fruto de um trabalho coletivo, de longo prazo, guiado por responsabilidade, inovação e respeito às pessoas e ao meio ambiente”.

Para ler o relatório completo, acesse este link:  https://lnkd.in/dHffEYYw