“O Brasil e o setor sucroenergético não suportam mais as políticas desastrosas tomadas nos últimos anos”
03-09-2015

Em 20015, vieram algumas medidas governamentais que contribuíram com o setor sucroenergético, como o aumento da mistura de etanol anidro à gasolina de 25% para 27% e o retorno da CIDE sobre a gasolina. Um pacote de medidas importante, mas que veio tardiamente e é insuficiente para reverter o estrago causado até o momento no setor sucroenergético.

“A grande crise do setor ocorreu por políticas públicas erradas, não necessariamente tomadas contra o setor, mas que colocaram toda atividade em dificuldade, assim como ocorre com a economia brasileira”, pontua André Rocha, presidente do Fórum Nacional Sucroenergético.
A manutenção artificial dos preços dos combustíveis e da energia elétrica são alguns exemplos. Como mudar o cenário? “Antes de tudo o setor e a sociedade brasileira esperam que não se tenha mais nenhuma política desastrosa contra a economia e contra o setor. E se possível políticas que incentivem a atividade sucroenergética. Um bom ponto de partida para isso seria entenderem que os anseios de toda cadeia da cana-de-açúcar estão em sintonia com os anseios da sociedade brasileira”, dispara Rocha.
Segundo ele, ainda há espaço para o governo tomar medidas que permitam a manutenção do emprego e no futuro permitam um amento da produção sucroenergética, puxando a retomada da indústria de base. “Medidas que possibilitem à cadeia da cana-de-açúcar manter o papel que desempenha nesses quarenta anos de Proálcool, marcado pela interiorização do desenvolvimento, geração de empregos, incentivo a uma indústria de base inovadora e 100% nacional”, enumera Rocha, acrescentando ainda outras externalidades positivas deste setor, como benefícios ambientais e para a saúde pública.
Ele lembra que o mundo enfrenta mudanças climáticas, que afetam a população e a própria agropecuária. “Vemos catástrofes ambientais, com graves prejuízos em cidades, estados e países. Outro motivo mais do que claro para a necessidade de se incentivar a energia renovável, que é o caso da produção de cana-de-açúcar e da energia da biomassa no Brasil e em outros lugares do mundo. Uma estratégia comprovadamente eficiente para se mitigar os efeitos dessas mudanças climáticas.”


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