Onda de calor atinge Brasil e temperaturas podem chegar a 40 °C
18-09-2025
Sistema traz umidade e eleva temperaturas no centro do país
Por Luiz Eduardo Minervino — São Paulo
Uma onda de calor atinge o Brasil, nesta quinta-feira (18/9). Elevando as temperaturas principalmente nas regiões centrais do país, que já sente as temperaturas mais altas nessas últimas semanas de inverno. Segundo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas começam a subir já na quinta e atingem seu pico entre a sexta-feira (19/9) e o sábado (20/9).
No Sul, as temperaturas ficam mais altas no norte de Paraná, que pode ter máximas na casa dos 35° na área. A intensificação de uma área de baixa pressão também favorece a possibilidade de chuvas fortes na região. Entre as capitais, Porto Alegre vai ser a mais quente, com os termômetros atingindo 27 °C.
No Centro-Oeste, o calor muito intenso vem acompanhado de algumas chuvas na Região. Entre o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que passam dos 38 °C em algumas áreas nesta quinta, chegam pancadas oriundas da umidade que vem do Norte do país.
Já no Sudeste, o tempo ainda não esquenta tanto nas capitais, chegando a no máximo 27 °C em São Paulo e previsão de chuvas nas regiões litorâneas. No entanto, a onda de calor já atinge com mais intensidade o interior paulista, com temperaturas de até 33 °C em Ribeirão Preto.
No Nordeste, as instabilidades seguem concentradas na costa, impedindo que o calor se espalhe tanto. Mas, o interior nordestino, o tempo segue firme e bastante quente, com alerta de baixa umidade do ar durante a tarde.
No Norte, a umidade da amazônia traz chuvas e calor. No Pará e algumas cidades do Amazonas contam com chuva forte à tarde. Já o Amapá e o Tocantins seguem com predomínio de sol e tempo muito quente ao longo do dia, com máxima de 39 °C em Palmas e temperaturas ainda mais altas ao norte.
O que é onda de calor?
O Brasil tem registrado, nos últimos anos, episódios cada vez mais frequentes de temperaturas extremas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) adota critérios da Organização Meteorológica Mundial (OMM) para classificar oficialmente esses eventos como “onda de calor”.
Segundo o Inmet, o fenômeno ocorre quando a temperatura máxima diária fica, por pelo menos cinco dias consecutivos, 5 °C acima da média climatológica para o período e a região afetada. Além da intensidade, a persistência é o que transforma um calor passageiro em uma onda: não basta um ou dois dias quentes, mas sim um prolongamento da anomalia em uma área geográfica ampla.
A diferença em relação a períodos normais de calor está justamente nesse desvio significativo da média histórica. O corpo humano, por exemplo, não tem tempo suficiente para se adaptar, aumentando os riscos à saúde, como desidratação, exaustão térmica e agravamento de doenças cardiovasculares. O impacto também se estende à agricultura, ao consumo de energia elétrica e à infraestrutura urbana.
Fonte: Globo Rural

