Onde buscar as 100 t/ha e os 140 kg/t de ATR
21-12-2015

Além de tecnologias e práticas para produzir mais com menos, o 14º Seminário de Produtividade & Redução de Custos discutiu a expectativa para o setor em 2016

Nos dias 2 e 3 de dezembro, Ribeirão Preto sediou o 14º Seminário de Produtividade & Redução de Custos na Agroindústria Canavieira. Os participantes do seminário presenciaram um desfile de palestras de alto nível voltadas à apresentação de novas tecnologias e de soluções para o aumento de produtividade e redução de custos, realizadas por empresas, consultores e por usinas.

Em sua apresentação, Dib Nunes Jr., diretor do IDEA, falou sobre “Onde buscar as 100 t/ha e os 140 kg/t de ATR”. Para atingir esse objetivo, “será que usinas e produtores estão fazendo a sua parte?”, indagou Dib. Segundo ele, a atividade canavieira está numa fase de transição, com mudanças marcantes, e que têm impedido as empresas de produzirem na sua máxima potencialidade. “Isso ocorre porque temos problemas no sistema produtivo, sendo que as principais dificuldades estão na mecanização. Vemos que não é todo mundo que está conseguindo usar bem as máquinas para plantar ou colher.”

Entre os impactos e mudanças gerados pela mecanização, Dib apontou:
- Disseminação de algumas espécies de plantas daninhas, como as 3Ms e a grama-seda;

- Perdas na colheita devido as limitações tecnológicas das máquinas, que foram fabricadas há 40 anos e não evoluíram em certos aspectos, como na limpeza e elementos cortantes. "Além disso, já vi usinas colhendo a 9 km/h apenas para entregar cana na indústria. Tem que ter qualidade na colheita". Dib falou ainda dos problemas de mão-de-obra e sobre a quantidade de impurezas vegetais e minerais que têm sido levadas para a indústria. "Nenhuma usina tem menos de 4% de perdas na colheita, atualmente."

- Palha abafando soqueira, inibindo a brotação;
- Arranquio de touceiras pela colheita agressiva;
- Pisoteio no transbordamento;
- Cabeceira de canavial compacto pela operação de transbordo;
- Estacionamento sobre a cana;
- Cultivo agressivo;
- Infestação de Sphenophorus levis. "Embora o destruidor de soqueira seja caro e destrua também o trator, ele é um método importante no combate a essa praga".

"Esses problemas são corriqueiros e as pessoas estão aceitando como normal. Isso não é normal", afirmou Dib, que apresentou um diagnóstico completo das causas para melhorar o teor de sacarose:

- Planejamento e caminhamento de safra;
- Colheita dentro da idade ideal de corte;
- Manejar as características varietais (tomba, flor, época de corte, etc);
- Reduzir os teores de impurezas na matéria-prima;
- Atenção a matéria-prima de fornecedores e/ou colhida por terceiros;
- Controlar pragas, doenças e mato competição;
- Retirar palha sobre a soqueira;
- Evitar a sobreposição de resíduos;
- Maior uso de maturadores.

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