Para ter maior retorno econômico, setor depende não só de quantidade, mas da qualidade tecnológica da cana
18-03-2022
É aí que entram tecnologias como maturadores, associados ou não a outras técnicas como adubação foliar complementar
Os pesquisadores da Unesp, Carlos Alexandre Costa Crusciol e Gabriela Ferraz de Siqueira, reforçam que a indústria sucroenergética depende não só de quantidade, mas de qualidade tecnológica da matéria-prima, para ter maior retorno econômico. Explicam que a maior qualidade tecnológica está intrinsicamente relacionada ao alto conteúdo de sacarose e baixo teor de açúcares redutores nos colmos.
A produção de açúcar por área tem uma dependência maior da produção de colmos do que em relação à qualidade tecnológica, principalmente teor de sacarose e pureza do caldo, pois para cada época de colheita a variedade vai manifestar entre 92 a 96% do potencial de acúmulo de sacarose. Para garantir que a planta atinja o máximo potencial qualitativo é necessário que, na fase de maturação, a planta diminua a taxa de crescimento, para que parte dos carboidratos que seriam utilizados para tal, seja acumulado nos colmos.
Carlos Alberto Mathias Azania, pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, concorda que um dos pontos básicos para a maior concentração de açúcar é a maturação da cana. Segundo ele, a maturação natural da cana ocorre a partir do momento em que a planta é exposta a dois fatores ambientais específicos: estresse hídrico e estresse térmico.
Os pesquisadores observam que, quando as condições climáticas não são ideais para que ocorra a maturação natural da cana-de-açúcar, e o acúmulo de sacarose é insatisfatório, é altamente recomendado o uso de tecnologias como a aplicação de maturadores, associados ou não a outras técnicas como adubação foliar complementar.
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