Pedro Tavares defende produtividade e redução de custos para fortalecer competitividade da cana
28-10-2025

Presidente da Câmara Setorial da Cana-de-Açúcar destaca papel das universidades e da inovação genética diante do avanço do etanol de milho

Por Andréia Vital

O presidente da Câmara Setorial da Cana-de-Açúcar, Pedro Tavares Campos Neto, destacou que o futuro do setor depende de ganhos de produtividade e da redução dos custos de produção. A declaração foi feita durante o evento de liberação comercial de 18 novas variedades de cana-de-açúcar da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA Brasil), realizado no dia 22 de outubro, em Ribeirão Preto.

“As novas variedades lançadas aqui hoje são fundamentais para elevar a produtividade e garantir competitividade ao setor. O preço do açúcar e do etanol não depende do produtor, mas o custo e a eficiência sim”, afirmou. Segundo ele, o etanol de milho, com custos mais baixos, é um concorrente que exige resposta técnica e inovação contínua da cana-de-açúcar.

Tavares reforçou a importância da pesquisa pública para a sustentabilidade da cadeia. “Temos que apoiar as universidades e reconhecer o papel da RIDESA, que entrega resultados concretos aos produtores. Essa rede é essencial para o futuro da cana”, disse.

O dirigente citou o exemplo da RB 579, variedade de cana-de-açúcar desenvolvida em Alagoas, que chegou a representar 70% da área cultivada no Nordeste, como prova do impacto da genética na rentabilidade. “Levar uma cana de maior ATR à usina significa melhor remuneração com o mesmo custo de corte e transporte. Precisamos continuar evoluindo”, concluiu.