Preços do açúcar, café, algodão e cacau encerram março em queda em Nova York
01-04-2025

A queda do açúcar é atribuída à melhora das condições climáticas nas regiões de canaviais no Centro-Sul do Brasil — Foto: Wenderson Araújo/CNA
A queda do açúcar é atribuída à melhora das condições climáticas nas regiões de canaviais no Centro-Sul do Brasil — Foto: Wenderson Araújo/CNA

Apenas o suco de laranja fechou a segunda-feira em alta

Por Cleyton Vilarino e Camila Souza Ramos — São Paulo

Quase todas as commodities agrícolas negociadas na bolsa de Nova York fecharam o mês de março em queda. Os contratos de cacauaçúcarcafé e algodão fecharam esta segunda-feira (31/3) em baixa. Na contramão, apenas o suco de laranja registrou alta.

Os contratos futuros do açúcar demerara registraram queda de 0,53% na bolsa de Nova York nesta segunda-feira (31/3), cotados a 18,86 centavos de dólar a libra peso com entrega para maio.

A queda é atribuída à melhora das condições climáticas nos canaviais do Centro-Sul do Brasil, onde o tempo quente e seco vinha prejudicando o desenvolvimento da safra 2024/25.

“Há relatos de algumas chuvas esparsas no Centro-Sul do Brasil e previsões de mais chuvas nas próximas semanas, além de relatos de que a Índia terá estoques iniciais confortáveis para ajudar a amortecer a queda na produção prevista para o próximo ano”, observa o analista de mercado Jack Scoville em boletim.

Café

Os contratos futuros do café arábica registraram queda de 0,05% na bolsa de Nova York nesta segunda-feira, cotados a US$ 3,7975 a libra-peso.

O mercado acompanha as notícias sobre o clima no Brasil, maior produtor mundial da commodity. Com perspectiva de queda na produção, os preços seguem em patamares elevados, mas pressionados após o registro de chuva em Minas Gerais.

Algodão

Os contratos futuros do algodão registraram queda de 0,1% na bolsa de Nova York, negociados a 66,83 centavos de dólar a libra-peso.

O mercado acompanha os desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China, após o país asiático anunciar tarifas sobre a produção agrícola dos EUA em retaliação às medidas protecionistas tomadas por Trump.

“Também há relatos de um potencial de demanda mais fraco de outros compradores, em contraste com uma perspectiva de menor produção nos EUA no próximo ano”, destaca o analista Jack Scoville em seu boletim diário.

Cacau

Os preços do cacau recuaram na bolsa de Nova York, com os contratos para maio (os de maior liquidez) encerrando em baixa de 1,74%, ou US$ 140, cotados a US$ 7.902 a tonelada.

O mercado da amêndoa começou o pregão no campo positivo, mas recuou após relatos de que produtores da Costa do Marfim esperam uma recuperação da colheita na safra intermediária, de abril a setembro, segundo a agência Reuters. O país, maior produtor mundial de cacau, está entrando na fase de chuvas, e a umidade do solo na última semana foi considerada adequada.

Suco de laranja

Os contratos futuros do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) negociados na bolsa de Nova York registraram alta de 2,63% nesta segunda-feira, cotados a US$ 2,4355 a libra-peso.

A valorização ocorre após forte queda na sexta-feira, quando o mercado reagiu às previsões positivas para a produção de laranjas no Brasil.

Fonte: Globo Rural