Preços do açúcar começam novembro em queda, enquanto etanol se mantém firme
11-11-2025

Apesar da menor produtividade nos canaviais até a segunda quinzena de outubro, a região Centro-Sul conseguiu produzir um volume maior de açúcar em comparação com a safra anterior — Foto: Wenderson Araújo/CNA
Apesar da menor produtividade nos canaviais até a segunda quinzena de outubro, a região Centro-Sul conseguiu produzir um volume maior de açúcar em comparação com a safra anterior — Foto: Wenderson Araújo/CNA

Consumidores brasileiros aumentaram a pressão por ofertas do adoçante a valores mais baixos

Por Marcelo Beledeli — Porto Alegre

Os principais derivados da cana-de-açúcar apresentaram comportamentos divergentes na primeira semana de novembro, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Enquanto os preços do açúcar cristal recuaram com força no mercado spot de São Paulo, o etanol apresentou cotações firmes no período.

No caso do açúcar, pesquisadores do Cepea indicam que consumidores brasileiros aumentaram a pressão por ofertas a preços mais baixos. Essa postura esteve atrelada às novas desvalorizações da commodity no mercado externo. Na primeira semana de novembro, notícias indicando crescimento na produção de açúcar em países-chave levou os contratos futuros da Bolsa de Nova York a operarem em novas mínimas recentes.

No Brasil, apesar da menor produtividade nos canaviais até a segunda quinzena de outubro, a região Centro-Sul conseguiu produzir um volume ligeiramente superior de açúcar em comparação com a safra anterior (2024/25), conforme apontam dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).

Com este cenário, nesta segunda-feira (10/11), o indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal registrou a cotação de R$ 107,84 a saca de 50 quilos, uma queda de 5,11% no acumulado de novembro.

Etanol

Em relação ao etanol, na primeira semana de novembro, apenas alguns demandantes realizaram compras de novos volumes no mercado spot do Estado de São Paulo. Do lado das usinas, a postura seguiu firme.

Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que parte dos vendedores tenha ficado fora do mercado spot, os que estiveram ativos ofertaram lotes de etanol a preços mais altos. Diante disso, os preços se sustentaram em São Paulo.

Entre 3 e 7 de novembro, o indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou em R$ 2,7997 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,78% no comparativo ao período anterior. Para o anidro, o a cotação ficou a R$ 3,2094 o litro, valorização de 0,92% no mesmo comparativo.

O Cepa destaca que chuvas no início da última semana também deram certo suporte aos preços do etanol, à medida que dificultaram os trabalhos no campo.

Fonte: Globo Rural