Produtor paulista alcança excelência no plantio mecanizado de cana
28-09-2021
No dia 29 de setembro, às 19h, o produto rural Toninho Tittoto participará da live “Alternativas para que o plantio de cana não seja o maior gargalo da operação”
Leonardo Ruiz e Renato Anselmi
“Você é do time que apoia o plantio manual ou o mecanizado?”. Essa foi a pergunta de uma enquete criada em nossa página do Instagram na última semana. Após mais de mil votos, a opção manual foi a grande vencedora, recebendo um total de 740 votos (56%) contra 586 (44%) do mecanizado.
Após compilados, os resultados foram postados em nossos outros canais digitais, como Facebook e LinkedIn. E, se a enquete foi relativamente apertada, o mesmo não pode ser dito dos comentários. A esmagadora maioria dos profissionais do setor que comentou as publicações afirma preferir o plantio manual. Alto consumo de mudas e baixa qualidade do canavial implantado foram as principais reclamações em relação a operação mecanizada.
Bastante polêmico, esse tema será debatido na live “Alternativas para que o plantio de cana não seja o maior gargalo da operação”. O evento será realizado pela CanaOnline nesta quarta-feira (29), às 19h, e transmitido ao vivo pelos nossos canais digitais (YouTube, Facebook e LinkedIn).
Defensor da mecanização agrícola, Antônio Fernando Tittoto (Toninho Tittoto) será um dos debatedores desse encontro. O produtor rural foi um dos primeiros a testar o plantio mecanizado de cana-de-açúcar que, segundo ele, ainda é a melhor opção para o segmento, seja pelo custo inferior, baixa necessidade de mão de obra ou melhor aproveitamento das janelas de plantio, uma vez que a máquina pode plantar 24 horas por dia e sete dias por semana.
“O plantio mecanizado não está falido, apenas mal utilizado. É o comodismo que está impedindo sua perpetuação. Falta insistir um pouco mais.” Para Tittoto, o plantio manual é bom, porém, mais caro. “Além disso, ele exige alta necessidade de mão de obra que, aliás, será muito difícil de encontrar num futuro próximo.”
Toninho Tittoto foi um dos pioneiros do plantio mecanizado de cana no Brasil. Parte de seus conhecimentos vem da Austrália, país que é exemplo nessa operação
Foto: Arquivo pessoal
Em sua propriedade de 2500 hectares localizada na região paulista de Serrana, o produtor conduz 100% do plantio com o auxílio de plantadoras automatizadas. Além de uma qualidade inegável, ele afirma que o consumo de mudas não chega a ser tão alto quanto se costuma ouvir pelo setor. “Minhas médias variam de 7 a 13 toneladas de cana por hectare. O volume exato dependerá da variedade escolhida.”
Tittoto relata que parte de seu conhecimento sobre o assunto vem de terras distantes: da Austrália. “Embora produzam pouco mais de 32 milhões de toneladas de cana, eles dão aula nesse assunto.” Uma das lições apreendidas está relacionada à colheita das mudas. A estratégia aqui é “pegar” a mesma colhedora da safra (antes de enviá-la para reforma). “A parte interna das colhedoras novas ou reformadas tem quinas vivas que estragam as gemas. As curvas e arestas das máquinas usadas ao longo do ano já estão arredondadas e não causam danos às gemas”, afirma.
Segundo ele, o kit protetor emborrachado da máquina para a colheita de mudas, utilizado por muitas usinas e produtores pelo Brasil, não apresenta performance satisfatória. “A cana-de-açúcar, nos períodos da manhã e da noite, tem orvalho que segura a umidade. Em decorrência disto, a borracha do kit de proteção patina e queima as gemas, pois fica sem tração para puxar a cana para dentro da colhedora”, explica.
De acordo com o produtor, as regras básicas em relação à muda também não podem ser esquecidas: sanidade, porte ereto, tamanho pequeno e pouca idade (no máximo oito meses). Outro cuidado é reduzir o máximo possível o tempo entre colheita da muda e a sua distribuição no canavial. “Quanto mais rápido isto for feito, há maior garantia de qualidade.”
Serviço
Live “Alternativas para que o plantio de cana não seja o maior gargalo da operação”
Realização: CanaOnline
Data e horário: Quarta-feira (29/09), das 19h às 20h40
Debatedores:
* Mário Sérgio Salani Júnior - Especialista corporativo em mecanização agrícola da BP Bunge Bioenergia;
* Ugo da Silva - Coordenador agrícola da Usina Santo Ângelo;
* Antônio Fernando Tittoto (Toninho Tittoto) - Produtor rural de Serrana/SP;
* Edilson Maia - Produtor rural de Alagoas;
* Auro Pardinho – Gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas;
* Merquisson Sanches - Gerente de Operação da TT do Brasil;
Endereços: O evento será transmitido ao vivo nos canais digitais da CanaOnline:
YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=5FvxQdRAfP4
Facebook: https://www.facebook.com/221708711305971/posts/2484325401710946/
LinkedIn: https://www.linkedin.com/video/event/urn:li:ugcPost:6846749456444993536/

