Produtores e usinas não podem descuidar da adubação da soqueira
22-04-2020

Otimização do uso de fertilizantes, com a utilização de implementos eficientes, é medida importante para assegurar rentabilidade em cenário de incertezas por causa do coronavírus

O momento de instabilidade gerado pela pandemia de coronavírus não pode ser motivo para descuidos com a cultura da cana-de-açúcar. Pelo contrário: o mais indicado, nessa hora, é proteger e, se possível, elevar a produtividade do canavial para criar condições favoráveis para o aumento da rentabilidade diante de um cenário de incertezas e adversidades financeiras.

A otimização do uso de fertilizantes na soqueira, por exemplo, é uma medida importante para a saúde econômica da atividade sucroenergética.  Adubo e calcário aplicados com eficiência diminuem gastos com a compra desses produtos, melhoram a produtividade da cana em toneladas por hectare, aumentam a longevidade do canavial e reduzem o custo da produção agrícola ­– resume o engenheiro agrônomo Auro Pardinho, que é gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas.

Usinas e produtores devem buscar soluções adequadas que possibilitem o máximo aproveitamento de insumos. No caso da adubação das soqueiras de cana-de-açúcar, uma boa alternativa é enterrar o nitrogênio, o que viabiliza o uso de fonte com base em ureia, que tem menor preço e é mais fácil de ser encontrada, quando comparada ao nitrato de amônia – observa Auro Pardinho. A incorporação ao solo protege a ureia da degradação causada por diversos fatores, principalmente temperatura e alta umidade.

Mas, para isto, existe a necessidade da utilização de implementos eficientes que cortam a palha e colocam o fertilizante em determinada profundidade. Entre as soluções disponibilizadas pela DMB para essa finalidade está o adubador de disco 1250 H, que distribui o fertilizante em duas linhas. Este implemento tem ainda a versão para adubação em profundidade das soqueiras da cana-de-açúcar em áreas com espaçamento combinado de 0,90 x 1,50 m.

Outro destaque é o adubador de disco 2300 A, que faz a aplicação do adubo em três linhas simultaneamente e possui uma maior capacidade de adubação, sendo indicado para áreas maiores, segundo o gerente de marketing da DMB.

O Adubador com Distribuição em Profundidade e Superficial é outra solução oferecida pela empresa, com o objetivo de atender diferentes demandas de produtores e usinas nessa área. Este equipamento viabiliza o uso de taxa variável, permitindo, por exemplo, a aplicação do adubo nitrogenado (ureia) em profundidade e do potássio superficialmente. 

Aplicação de calcário de alta reatividade – O interesse pelo uso de calcário (óxidos) na soqueira – e também no sulco do plantio – tem aumentado nos últimos anos. E, agora, nesse período de pandemia, não é momento para reduzir a utilização desse insumo devido aos benefícios proporcionados para o desenvolvimento da cultura.     

A finalidade da aplicação dos óxidos na soqueira de cana é mais voltada à nutrição com cálcio e magnésio do que à correção do solo, criando condições também para a melhor absorção de fósforo pela planta – esclarece Auro Pardinho.

Para viabilizar a aplicação de calcário de alta reatividade em superfície, com total fluidez e de maneira homogênea, a DMB conta com o Distribuidor de Adubo em Profundidade e Calcário Superficial, que tem outro diferencial: a possibilidade de enterrar o fertilizante, como a ureia, nas linhas de soqueiras da cana-de-açúcar.

Com caixas separadas para os dois insumos (adubo e calcário), este implemento é dotado da mesma tecnologia da Plantadora de Cana Picada PCP 6000 Automatizada, da DMB, que possibilita o uso desse produto na mesma operação de aplicação do adubo.

O sistema inovador do Distribuidor da DMB favorece o emprego de calcário de alta reatividade, que  precisa de pouca chuva – em torno de 200 mm – para ser solubilizado, enquanto  o convencional requer um volume entre 2000 a 3000 mm de chuva. O de alta reatividade possui também maior quantidade de cálcio e magnésio e Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT) mais elevado em relação ao calcário comum.

 Fonte: CanaOnline