São Paulo é o estado com o melhor índice de atualização varietal
08-04-2020

 A RB966928 se destaca por seu desempenho tanto em plantio mecanizado como em colheita mecanizada
A RB966928 se destaca por seu desempenho tanto em plantio mecanizado como em colheita mecanizada

Espírito Santo e Mato Grosso detém os piores índices. No estado paulista, a RB966928 é variedade de cana mais cultivada (17%) e plantada (18%)

Os ganhos em produtividade e maturação obtidos nos últimos 40 anos se devem quase que exclusivamente às variedades, demonstrando o empenho e eficiência dos institutos de melhoramento genético em liberar constantemente materiais mais produtivos. O que não está acontecendo é o uso dessas variedades na velocidade ideal.

Dados dos principais institutos de melhoramento genético do Brasil mostram que, a partir de 1987, o índice de atualização varietal do setor sucroenergético nacional melhorava paulatinamente a cada ano, tendo registrado seu melhor valor em 2001. Desde então, houve uma constante piora neste cenário, que perdurou até atingir seu ápice negativo em 2017. “Essa retração teve como principal responsável a RB867515. A cada vez que era plantada, o índice piorava um pouco mais”, relata o consultor do IAC, Rubens Braga Jr.

Em 2018, houve uma leve guinada nesse índice, que deverá melhorar ainda mais em 2020. Mesmo assim, permanecerá no nível “não recomendado”. “Nossa esperança é que ele entre na faixa ‘intermediária’ dentro dos próximos anos.”

No Espírito Santo, 7515 ocupa uma área de cultivo de 73%

Foto: Arquivo CanaOnline

Vale ressaltar que a realidade não é a mesma em todas as regiões do Centro-Sul. São Paulo, por exemplo, possui o melhor índice de atualização varietal. No estado, a RB966928 é variedade mais cultivada (17%) e plantada (18%). A RB867515 aparece na segunda posição no ranking de cultivo (14%) e na terceira no de plantio (10,4%).

Já o Espírito Santo e o Mato Grosso detêm os piores índices de atualização varietal. No primeiro, a RB867515 ocupa uma área de cultivo de 73%, sem dar sinais de desgaste, já que a área plantada com ela este ano é de 72%. No Mato Grosso, o cenário é levemente melhor. Em 2019, a 7515 respondeu por 41% da área cultivada e 32,4% da plantada.

Fonte: CanaOnline