Setor sucroenergético se consolida como pilar estratégico para a segurança energética e alimentar global
11-12-2024

Presidente da DATAGRO celebra reconhecimento e analisa desempenho da safra de cana-de-açúcar

O setor sucroenergético reafirmou sua relevância global como protagonista da transição energética e da sustentabilidade durante a Premiação Visão Agro Brasil 2024, realizada no último dia 4 de dezembro, em Ribeirão Preto-SP. O evento homenageou as principais lideranças, empresas, entidades e iniciativas que se destacaram no setor, e Plínio Nastari, presidente da DATAGRO, comemorou o reconhecimento recebido pela consultoria que lidera, além de compartilhar perspectivas sobre a safra de cana-de-açúcar e o mercado bioenergético.

“Estamos muito felizes com esse reconhecimento, que vem de quem acompanha nosso trabalho de perto. É uma validação do esforço coletivo do nosso time. Estamos gratos e satisfeitos com os resultados alcançados”, declarou.

Ao avaliar a safra de cana-de-açúcar, Nastari mencionou adversidades climáticas, como seca severa, incêndios e a síndrome da murcha do colmo, que impactaram a produtividade. Ainda assim, os resultados foram positivos, com preços de etanol e açúcar superiores aos de 2023.

“Com um câmbio favorável e consumo elevado de etanol, conseguimos equilibrar os estoques e sustentar os preços, mesmo com o aumento na produção. Não há motivo para reclamações em 2024”, afirmou. Para 2025, as perspectivas permanecem otimistas, com consumo crescente e preços atrativos, que permitem planejamento de longo prazo para o setor.

O presidente da DATAGRO também alertou sobre o déficit esperado no mercado internacional de açúcar para o ano comercial 2024/25, o que deve continuar sustentando os preços. Com a normalização climática, há espaço para projeções positivas.

Nastari destacou que o setor sucroenergético brasileiro está bem-posicionado para enfrentar desafios globais, como segurança alimentar e energética, além de explorar novos mercados, como bioplásticos e hidrogênio verde. Ele ressaltou que práticas inovadoras, como a certificação individual de intensidade de carbono e a análise completa do ciclo de vida dos produtos, colocam o Brasil em uma posição de liderança.

Enquanto outros países utilizam métricas limitadas, como a análise "tanque à roda", o Brasil adota abordagens mais abrangentes, reconhecendo o impacto positivo do setor em toda a cadeia produtiva. “Esses avanços reforçam nossa liderança no mercado global de bioenergia e comprovam nossa capacidade de gerar resultados consistentes e sustentáveis”, declarou.

Encerrando sua fala, Nastari destacou a resiliência do setor sucroenergético, mesmo em cenários adversos. “Costumo brincar que Deus, além de brasileiro, deve ser produtor de cana, porque, mesmo em tempos difíceis, este setor se reinventa e entrega resultados. Temos muito a contribuir para o futuro do planeta”.

Andréia Vital