Silvia Galacho: uma pioneira na semeadura de soluções para o setor bioenergético
04-06-2025

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“Emprestar funcionário é o fim do mundo”, costumava dizer Hermelindo Ruete de Oliveira, diretor da Usina Catanduva, onde Silvia Galacho ocupava o cargo de gerente do Departamento de Fornecedores de Cana. No entanto, não havia alternativa. Silvia, era frequentemente requisitada por usinas, associações e empresas da região para auxiliar na implantação das novas diretrizes do Consecana-SP, que estabeleceram critérios para a análise da qualidade da matéria-prima entregue pelos fornecedores canavieiros.

Antes de ingressar na Usina Catanduva, Silvia Galacho acumulava uma carreira de mais de 20 anos como química e gerente técnica da Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Catanduva (AFCRC). Sua experiência foi fundamental em diversas frentes, incluindo a concepção e implementação de importantes projetos técnicos na região de Catanduva\SP. Entre suas conquistas, destaca-se sua atuação na criação do laboratório PCTS, especializado na análise da qualidade da cana-de-açúcar, além de sua contribuição na montagem do laboratório de Solos e Fertilizantes. Foi também responsável pela importação de um inovador aparelho de Absorção Atômica, pioneiro na região, utilizado para a análise de metais em amostras de solos, uma ferramenta essencial para o avanço da agricultura local.

Naquela época, o sistema de Pagamento de Cana pelo Teor de Sacarose (PCTS) estava sendo implantado, um modelo inovador que estabelecia a remuneração dos produtores com base na qualidade da cana-de-açúcar. Este novo critério de avaliação focava nos teores de sacarose, fibra, açúcares redutores (como glicose e frutose), dextrana e impurezas minerais e vegetais, transformando a maneira como os fornecedores seriam remunerados. Silvia foi uma das profissionais essenciais nesse processo de transição, assegurando a implementação dos novos parâmetros técnicos e a adaptação dos produtores a essa exigente metodologia de avaliação.