Técnicas para elevação da produtividade agrícola foram detalhadas por Rodrigo Vinchi, diretor agrícola da Atvos, durante live realizada pela CanaOnline
06-07-2020

Redução da concentração varietal, terceiro eixo híbrido e largo uso de maturadores levaram Atvos a alcançar o maior teor médio de ATR de sua história

Mesmo diante de um cenário desafiador, a Atvos, que figura entre as maiores produtoras de etanol do país, alcançou resultados financeiros positivos e alto desempenho agrícola e industrial durante a safra 2019/20. Embora tenha reduzido os investimentos em 11% na comparação com o ciclo 2018/19,  as unidades do Grupo registraram uma moagem de 26,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um crescimento de 1% em relação à safra anterior, e um teor médio de ATR de 133,6 kg/hectare, o mais elevado da história da companhia.

Para o diretor agrícola da Atvos, Rodrigo Vinchi, os bons números são reflexo de uma gestão que atua há anos na implementação de soluções para redução de custos e ganho de produtividade. Na última quarta-feira (01), o profissional participou de uma live realizada pela CanaOnline em sua página no Instagram para detalhar essas soluções.

Segundo ele, um dos pontos que mais contribuiu para a melhora dos indicadores agrícolas foi o manejo de variedades. Ao longo dos últimos anos, a companhia tem trabalhado para reduzir o índice de concentração varietal e aumentar a participação de materiais modernos no plantel. A RB867515, por exemplo, que durante anos foi plantada em mais de 60% das áreas, teve sua concentração reduzida para cerca de 40% este ano. O objetivo é que esse número caia ainda mais nas próximas safras.

“Aos poucos, outras variedades estão ganhando espaço em nosso plantel, como a CTC9001, CTC4, RB966928 e RB855156. Lembrando sempre que buscamos adaptar o manejo pensando na realidade de cada usina. Como possuímos unidades localizadas em diferentes regiões e com condições distintas de solo e clima, é extremamente importante que o manejo seja personalizado.”

Outra estratégia varietal adotada pela Atvos é a ampliação no uso de variedades precoces. De acordo com o diretor agrícola da companhia, a safra é muito intensa entre os meses de abril e julho, período que concentra a maior parte da moagem da safra. “Esses materiais precoces tem nos ajudado a elevar o ATR médio no início do ciclo.” Evitar a colheita em canaviais com idade abaixo de 12 meses e aplicação de maturadores em quase 40% da cana colhida foram outras estratégias citadas por Vinchi durante a live.

O profissional comentou também sobre a Matriz do Terceiro Eixo, prática que vem ganhando espaço nas usinas e agrícolas brasileiras nos últimos anos e que consiste em colher os canaviais seguindo uma lógica de idade, iniciando a safra com as canas de estágios de corte mais novos e finalizando com canaviais mais velhos.

Vinchi ressaltou que a Atvos não realiza o Terceiro Eixo em sua essência, mas partes dele. “Adotamos um sistema híbrido. Preconizamos, por exemplo, que todas as canas plantas sejam colhidas até julho, inclusive as de variedades tardias. Porém, nas socarias, ainda colhemos seguindo os conceitos tradicionais.”

Assista a entrevista completa com Rodrigo Vinchi através do link: https://www.instagram.com/tv/CCHibl_FSFt/?hl=pt

Fonte: CanaOnline