Tecnologia para fazer chover desenvolvida pela ModClima não utiliza nenhum tipo de aglutinante químico, apenas água potável
07-12-2022

Aeronaves sobrevoam os céus ‘semeando’ gotículas de tamanho controlado em regime de turbulência no interior de nuvens cumulus
Aeronaves sobrevoam os céus ‘semeando’ gotículas de tamanho controlado em regime de turbulência no interior de nuvens cumulus

O processo é chamado de “semeadura” pela forma como as gotículas de água são lançadas no interior das nuvens

A ModClima desenvolveu uma tecnologia limpa para induzir chuvas localizadas e fazer frente às intempéries climáticas. Sua solução não utiliza nenhum tipo de aglutinante químico, apenas água potável. “Nossas aeronaves sobrevoam os céus ‘semeando’ gotículas de tamanho controlado em regime de turbulência no interior de nuvens cumulus, que crescerão verticalmente, gerando precipitação”, explica o diretor de operações da empresa, Ricardo Imai.

Ele relata que esse processo é chamado de “semeadura” pela forma como as gotículas de água são lançadas no interior das nuvens, ganhando volume por colisão e coalescência enquanto são carregadas pelas correntes ascendentes. Quando seu peso é suficiente para vencer as ascendentes, elas começam a cair, colidindo de frente com as gotículas menores que estão subindo, ganhando ainda mais massa até formarem gotas de chuva. “Diferente de outras tecnologias, o processo da ModClima é inteiramente físico e envolve princípios de termodinâmica e transferência de calor, como ocorre no desenvolvimento natural das nuvens.”

Ricardo Imai salienta que a ModClima atua apenas na aceleração do processo natural de crescimento da nuvem visando a precipitação em determinada área alvo. Posteriormente, a umidade que chega ao solo retorna para a atmosfera por evaporação e evapotranspiração, gerando condições para o surgimento de novas nuvens “semeáveis”, além de precipitações naturais, otimizando o ciclo hidrológico natural.

A ModClima possui mais de 17 anos de projetos voltados a pesquisa climática aplicada. Sua tecnologia de indução de chuvas localizadas já foi validada pelo Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e utilizada por mais de uma década para provocar precipitação sobre os sistemas Cantareira e Alto Tietê, responsáveis pelo abastecimento de 14 milhões de habitantes. No setor sucroenergético nacional, atua reduzindo o risco climático para as usinas que tanto vem sofrendo com as estiagens e/ou chuvas mal distribuídas dos últimos anos. “Se a chuva não vem, nós vamos buscar”, frisa o Diretor de Operações.

Fonte e imagens: Comunicação ModClima