Tempo seco reduz potencial produtivo do milho em Mato Grosso do Sul
31-07-2024
Projeção é de queda de 34,7% na safrinha do Estado, com colheita de 9,3 milhões de toneladas
Por Fernanda Pressinott — São Paulo
A Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul) reduziu sua estimativa para a produção de milho safrinha no Estado, em função do tempo seco. A projeção agora é de 9,3 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 34,7% na comparação com o resultado de 2022/23.
“Após uma amostragem de 10% (221,8 mil hectares) da área estimada pelo projeto SIGA-MS, constatou-se uma queda de 19,1% na produção em comparação à projeção inicial de 11,5 milhões de toneladas. A área continua com uma expectativa de queda de 5,82% em relação ao ciclo anterior (2022/23), atingindo 2,2 milhões de hectares”, diz a Federação em boletim.
A produtividade é prevista em 69,77 sacas por hectare, indicando uma retração de 30,7%.
É importante ressaltar que esses números ainda não são finais, pois a amostragem das áreas ainda está em andamento, com previsão de término para o dia 13 de setembro.
“O estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho de 2023/24. Esta condição adversa impactou uma área total de 767 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram inicialmente entre março e abril, com duração de 10 a 30 dias de estresse hídrico. Mais recentemente, entre abril e julho, o Estado enfrentou um total de 90 dias sem chuva. Notavelmente, a região norte do Estado já está há mais de 100 dias sem precipitação”, explica a Famasul.
A federação também detalha a comercialização de milho no Estado citando dados da Granos Corretora, até 29 de julho. Foram 67,60% da safra 2023/24 já negociados, avanço de 3,8 pontos percentuais quando comparado a igual período de 2023 para a safra 2022/23.
Fonte: Globo Rural