Todos os dias corremos atrás da produtividade
13-08-2015
Nas áreas de expansão, o processo já iniciou mecanizado.
Na área tradicional, quem começou a mecanizar há mais tempo tem uma história, quem demorou para começar, teve de fazer correndo e está pagando por isso. Particularmente mecanização de campo é algo que deve trazer aumento de produtividade e não redução. Logicamente paga-se pedágio, e depois se usufrui do benefício. Também há um aspecto de manejo: acertar no conjunto de variedades, no plantio, na adubação, no ajuste de máquinas.
Duvido que cada um que trabalha na área agrícola das usinas não acorde todo dia pensando em como vai melhorar o manejo para melhorar a produtividade. Todos os dias corremos atrás da produtividade para baixar custos. Acho que o mais significativo é que as áreas novas vão trazer um benefício grande ao setor, porque vão exigir um nível de agronomia melhor. Foi o que aconteceu com grãos. Quando o grão foi para o Centro-Oeste, a produtividade da soja e do milho subiu no Brasil todo.
Com a cana vai acontecer também, mas demora mais, porque o canavial demora mais para se ajustar ao novo manejo. Mas em casa que falta pão todo mundo grita e ninguém tem razão.
O problema é grana. Se não colocar dinheiro, como teremos variedades novas? Se não tiver sobra de caixa na nossa operação, como vamos investir? Se o fornecedor de cana não participar da energia, como vai valorizar a matéria-prima? A crise hoje é de caixa. Se não trabalharmos mais fora da propriedade do que dentro da fazenda, vamos demorar mais tempo para mudar a situação.
Paulo Rodrigues, produtor de cana em Guariba, SP, e diretor da Coplana
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