Uisa inicia projeto de irrigação plena para mitigar 800 mm de déficit hídrico de seus canaviais de final de safra
08-10-2024
Atualmente com 1000 hectares, o projeto se encontra em fase de testes. A expectativa da usina é expandir a prática para mais 4000 hectares dentro dos próximos cinco anos
Embora esteja localizada em uma região com potencial produtivo 20% maior do que Ribeirão Preto/SP, a Uisa, de Nova Olímpia/MT, enfrenta dificuldades para elevar a produtividade agrícola de seus canaviais colhidos no trecho final da safra. O motivo é o alto déficit hídrico que ocorre durante os meses de outono e inverno.
Segundo Matheus Vinícius Rodrigues, gerente de biotecnologia da empresa, mesmo com a adoção de diferentes práticas - como plantel moderno, matriz do terceiro eixo e irrigação de salvamento - não é possível resgatar a produtividade dessas áreas.
“Para contornar esse cenário, iniciamos há três anos um projeto de irrigação plena, visando mitigar o estresse sofrido pelas canas de final de safra, que por causa de um déficit hídrico acumulado de 800 mm, vem entregando médias de produtividade agrícola de apenas 50 ton/ha”.
Atualmente com 1000 hectares, o projeto se encontra em fase de testes. Uma vez validado, a expectativa da usina é expandir a prática para mais 4000 hectares dentro dos próximos cinco anos. “Até o momento, já identificamos alguns pontos de melhoria, como a questão varietal e de fertilidade do solo. Além disso, estamos monitorando as áreas a fim de descobrir a melhor modalidade e o tamanho e a frequência ideais das lâminas.”
Uisa está localizada em uma região com potencial produtivo 20% maior do que Ribeirão Preto/SP. No entanto, alto déficit hídrico impede obtenção de melhores produtividades
Fonte: CANAC
Pivô e gotejamento subsuperficial se dividem pelas áreas do projeto, suprindo de 70% a 80% do déficit hídrico da cultura e aumentando a produtividade agrícola de 35 ton/ha a 60 ton/ha. “Não temos ainda nenhum trabalho conclusivo sobre qual a melhor modalidade. Porém, como estamos lidando com uma cana de final de safra, que tem alta demanda de irrigação por vários meses consecutivos, além de um índice de área foliar muito alto, o gotejamento vem se mostrando mais eficiente, principalmente pelo fato de aplicar água diretamente na região radicular. Sem falar que o recurso hídrico é mais bem aproveitado, já que o pivô utiliza lâminas maiores para suprir a mesma demanda hídrica”, relata Rodrigues.
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