Usina da Pedra aposta em solução de IA para impulsionar produtividade no planejamento do plantio de mudas de cana
24-10-2025
Projeto leva inteligência artificial ao campo e promete impulsionar produtividade, padronização e eficiência logística
A Usina da Pedra está implementando uma solução de Inteligência Artificial aplicada ao planejamento agrícola, desenvolvida pela Stefanini IHM, empresa da unidade de negócios de Manufacturing do Grupo Stefanini. O projeto, iniciado em janeiro de 2024 e com previsão de conclusão em dezembro de 2025, representa um marco de transformação digital no setor sucroenergético ao otimizar o processo planejamento de plantio de mudas de cana-de-açúcar.
O objetivo do projeto é superar as limitações identificadas no processo anterior, que era baseado em planilhas, conhecimentos empíricos e decisões descentralizadas. Ou seja, com a saída de técnicos experientes, parte do conhecimento crítico era perdido, reduzindo a acuracidade do planejamento e dificultando sua padronização. Desta forma, a nova solução visa reverter esse cenário, oferecendo recomendações inteligentes baseadas em dados históricos, condições de solo, clima, logística e produtividade esperada. Atualmente, a fase de implantação tem como foco a integração do modelo de IA desenvolvido anteriormente com as interfaces criadas.
A solução combina modelos de machine learning com algoritmos de busca para identificar as cinco variedades de mudas mais adequadas para cada talhão, além de indicar quais variáveis influenciam a recomendação. Isso busca garantir maior confiança dos técnicos, que poderão ponderar as sugestões com base na experiência prática.
"A aplicação de IA promete um salto qualitativo na tomada de decisão. Estamos trabalhando para padronizar o processo entre diferentes unidades e esperamos que isso leve a ganhos significativos em produtividade, prevenção de perdas e redução de custos logísticos", destaca Gustavo Brito, diretor global da Stefanini IHM.
O projeto, ainda em fase de implantação, visa eliminar o uso de planilhas descentralizadas, promovendo a centralização e digitalização das informações, e aproximar a área de TI das operações do campo, reforçando a imagem da transformação digital dentro da organização.
À medida que o projeto avança, a Usina da Pedra planeja expandir o escopo da iniciativa. A nova fase prevê o desenvolvimento de uma interface e integração com o modelo de IA criado anteriormente para que a operação possa interagir de forma dinâmica e intuitiva com a solução criada.
"Essa integração do modelo desenvolvido com a interface do usuário abre novas possibilidades no agronegócio digital. Estamos caminhando para um modelo ainda mais intuitivo, eficiente e alinhado com a realidade do campo", completa o diretor.
A iniciativa se posiciona como uma proposta inovadora para o setor sucroenergético, mostrando como tecnologia, dados e experiência de campo podem trabalhar em conjunto. O projeto é fruto de uma abordagem centrada no usuário, com design thinking, métodos ágeis e forte engajamento com os técnicos desde a fase de prototipagem.
"Estamos diante de uma solução promissora para o setor sucroenergético. Embora ainda estejamos em implementação, acreditamos que o sistema possui um enorme potencial de escala e aplicação em outras culturas e regiões", destaca Brito.
"Com o uso de modelos preditivos e interfaces inteligentes, o planejamento torna-se mais ágil e assertivo, permitindo maior precisão na escolha de variedades, otimizando a logística e melhorando o uso dos recursos disponíveis. Isso contribui diretamente para o aumento da produtividade e redução de custos operacionais", afirma Wenceslau Marcomino, coordenador de TI na Pedra Agroindustrial.

