Vantagens da aplicação de herbicida pré-emergente no controle de plantas daninhas na cultura da cana
19-04-2021
Chegou FALCON, um herbicida pré-emergente específico para o controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar, que oferece maior poder residual, seletividade e controle de daninhas resistentes
As plantas daninhas interferem em todo o ciclo da cultura da cana-de-açúcar: na cana-planta, cana-soca e na colheita. Crescendo num mesmo ambiente, os sistemas radiculares das plantas daninhas e da cana-de-açúcar ocupam o mesmo espaço, competindo por nutrientes e água.
A diversidade de plantas daninhas que infestam os canaviais brasileiros é muito ampla. Brachiárias, Cordas-de-viola, Capim-Colchão, Capim-Colonião, Capim-Marmelada, Capim-Camalote e Grama-Seda, são apenas algumas das espécies que geram grande preocupação nas usinas e produtores de cana.
As plantas daninhas podem resultar em danos significativos dependendo da espécie e magnitude da infestação. Uma área bastante afetada com 10 a 12 plantas daninhas por metro quadrado, por exemplo, pode ter perdas que chegam a 85%. Assim, afetando a longevidade do canavial, levando a usina ou produtor a reformar a área antecipadamente.
Para evitar as perdas com as plantas daninhas, o setor sucroenergético investe, anualmente, cerca de US$ 729 milhões em herbicidas, segundo a consultoria Spark Smarter Decisions. O alto investimento visa a redução das infestações das daninhas, que se constituem em um dos principais fatores da queda de produtividade.
Pedro Jacob Christoffoleti , professor e consultor, que trabalhou durante 30 anos como docente e pesquisador na área de biologia e manejo de plantas daninhas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), observa que o produtor necessita produzir mais com menos, porém, a existência de plantas daninhas impede que se consiga explorar o potencial dos insumos que aumentam a produtividade, reduz a eficiência das variedades e dificultam o crescimento da cultura.

O pesquisador salienta que o controle químico aparece com a principal ferramenta de controle das plantas daninhas. E que os herbicidas utilizados na cultura da cana são, de um modo geral, aplicados na pré-emergência ou na pós-emergência da planta. Em pré-emergência, são aplicados na superfície do solo, após o plantio, e na pré-emergência das plantas daninhas. Os aplicados em pós-emergência são utilizados após a emergência da cultura e das plantas daninhas.
A maior parte das aplicações de herbicidas na lavoura canavieira ocorrem em pós-emergência. Porém, Christoffoleti aconselha diversificar o sistema. “Em decorrência da melhor aplicabilidade, 75% das aplicações de herbicidas são de pós-emergentes. Mas precisamos dos pré-emergentes, porque são eles que eliminam a matocompetição inicial.”
Outra vantagem dos pré-emergentes apontada por Christoffoleti é a flexibilização que oferece ao produtor. Uma vez que, com a sua aplicação, o mato nasce mais fraco e em menor quantidade, permitindo que aplicação do pós-emergente seja retardada.
TECNOLOGIA INOVADORA CHEGA AOS CANAVIAIS E OFERECE CONTROLE MAIS EFICIENTE DAS DANINHAS

No tocante aos herbicidas pré-emergentes, recentemente a lavoura canavieira recebeu uma ótima notícia: a IHARA desenvolveu um produto específico para o controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar, o FALCON, uma tecnologia exclusiva que oferece amplo espectro de controle de daninhas de folhas estreitas e largas, assegurando seletividade, ou seja, controla as principais daninhas sem prejudicar o canavial. E pode ser aplicado em todos os estádios de verdade.
O que também chama a atenção no FALCON é a baixa toxicidade. Christoffoleti observa que com uma menor dose do produto se obtém melhor resultado que aplicando uma quantidade maior dos produtos mais antigos e menos desenvolvidos. Essa vantagem atende às exigências dos consumidores por produtos agrícolas que não agridem o ambiente. O pesquisador ressalta que, entre os critérios das certificadoras está a baixa toxicidade dos produtos. “Na cana-de-açúcar, a principal certificação é a Bonsucro e um de seus itens de avaliação é a quantidade de herbicidas utilizada por hectare. Hoje são exigidos que no máximo se utilize cinco quilos do princípio ativo por hectare no ciclo da cana. E o Falcon apresenta uma quantidade muito pequena de produto ativo, contribuindo para o setor atender os critérios das certificadoras e do mercado.”
FALCON - CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS RESISTENTES, LONGO PODER RESIDUAL, SELETIVIDADE E FLEXIBILIDADE

O que explica todos esses diferenciais do FALCON é que ele conta com a tecnologia Yamato. Revolucionário poder de combate contra plantas daninhas resistentes que só a IHARA traz para os agricultores. Christoffoleti ressalta que há mais de 30 anos não surgia uma tecnologia tão inovadora como esta. E que, inclusive, se torna uma importante aliada no controle de plantas daninhas resistentes, um problema crescente.
Atualmente, no Brasil existem 50 casos de resistência que envolvem 28 espécies de daninhas. "Estima-se que mais de 14 milhões de hectares brasileiros sofram com as plantas daninhas, então os pré-emergentes fazem parte de uma estratégia de manejo", fala Luís Henrique Penckowsi, Gerente Técnico da Fundação ABC.
Anderson Cavenaghi, Professor da Univag, observa que os herbicidas pré-emergentes são excelentes ferramentas no combate à resistência. "Além de melhorar o desempenho no pré-cultivo, o uso de pré-emergentes garante alta seletividade e aprimora as chances de um bom controle em pós."
Foram essas as qualidades que Marcos Kuva, sócio-Diretor da Consultoria Herbae, encontrou na tecnologia Yamato. Segundo ele, FALCON proporciona ao produtor de cana-de-açúcar resultados mais eficazes no controle às plantas daninhas resistentes. “Essa opção de controle oferece custos vantajosos, pois evita a necessidade de diversas aplicações”.
Kuva destacou outras vantagens da tecnologia, como a seletividade (não causa injúrias na cana), sua alta eficácia no controle das gramíneas que competem com o canavial, a flexibilidade de culturas, seu longo período residual e a possibilidade de ser aplicado na época mais úmida, tanto para a cana-planta como para a cana soca.

O longo residual oferecido pelo FALCON chamou a atenção de Christoffoleti. “Controla o principal complexo de gramíneas da cana-de-açúcar – Brachiarias, Capim-Colonião, Capim-Colchão – durante todo o período de matocompetição, permitindo que a cana consiga atingir o seu fechamento, sem a necessidade de repasse.”
Nas pesquisas desenvolvidas no Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), em Ribeirão Preto, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a tecnologia da IHARA apresenta ótimos resultados. O pesquisador Carlos Alberto Mathias Azânia conta que utilizam o Yamato na cana-planta tradicional proveniente de colmos ou de muda pré-brotada (MPB) e nas soqueiras, e em todos os casos, o FALCON entregou o controle muito próximo ao fechamento do canavial e sobretudo com bastante seletividade.
Pelo jeito, será difícil as plantas daninhas dos canaviais escaparem das garras de FALCON.
Fonte: CanaOnline

