Vem aí o verão, com mais calor e pouca chuva no Brasil
18-12-2023
Solstício de verão começa no dia 22 de dezembro, e termômetros ultrapassarão os 40 graus
Por Globo Rural — São Paulo
Sol à pino e calorão devem marcar os próximos dias em quase todo o Brasil. Na semana de entrada do verão, os termômetros ultrapassarão os 40 graus e o tempo estará mais seco, preocupando muitos produtores com as perdas de produtividade.
Haverá um sistema de alta pressão atmosférica e de um Vórtice Ciclônico em Altos Níveis deixam o tempo com menor possibilidade de chuva, em grande parte do Sudeste, do Centro-Oeste, Nordeste e do Sul do Brasil, conforme estima a Climatempo.
O ar quente e úmido predomina sobre o Norte do Brasil e estimula a formação de nuvens carregadas, com fortes pancadas de chuva. Por outro lado, no Sul, a última segunda-feira (18) de primavera terá uma frente fria que pode gerar aumento das condições de chuva, em especial no oeste de Santa Catarina.
De acordo com a consultoria climática, o risco de temporais aumenta nesta segunda-feira, em todo o Rio Grande do Sul, com possibilidade de chuva já durante o começo do dia na Fronteira Oeste, no sudoeste e sul gaúcho, onde na maior parte do dia o predomínio será de céu mais encoberto.
Devido ao avanço da frente e o transporte de umidade, algumas regiões do oeste de Santa Catarina, ficam sujeitas à temporais, a chuva, se concentra principalmente à tarde com chance de acumulados em torno de 20 a 30 milímetros.
Na maior parte do Paraná, a chance de chuva é alta devido à combinação de calor e a alta umidade trazida pela frente fria. Pancadas podem avançar pela Região Sudeste.
Chegada do verão
O verão 2023/2024 não será um verão normal, porque o fenômeno El Niño, que já influenciou o clima no país durante toda a primavera, vai continuar com forte atuação em dezembro, janeiro e fevereiro.
O Solstício de verão, ocorre no dia 22 de dezembro, às 00h27 (Horário de Brasília) Nesse dia, o astro atinge a máxima distância em relação aos pontos cardeais leste e oeste. É no verão que o Hemisfério Sul recebe a sua maior dose de sol ao longo do ano, especialmente em dezembro e em janeiro.
Quem mora nos estados do Sudeste, do Sul e nas áreas mais ao sul do Centro-Oeste percebe que o sol está nascendo mais cedo e se pondo mais tarde. Os dias estão mais longos. E as temperaturas devem continuar com picos de elevação, informou o MetSul.
De acordo com a análise meteorológica, a primeira grande onda de calor do verão climático (trimestre dezembro a fevereiro) se registra neste momento com temperaturas altíssimas no Oeste, Norte e no Nordeste da Argentina, no Paraguai, na Bolívia, e nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, onde as máximas superam os 40ºC.
Em alguns pontos, podem ocorrer temperaturas tão elevadas quanto 41ºC ou 43ºC. Uma massa de ar excepcionalmente quente cobre neste momento o Centro da América do Sul com temperatura muito acima do normal numa extensa área e afetando vários países.
Segundo a Climatempo, recordes históricos de calor para dezembro poderão ocorrer em Porto Alegre, Cuiabá e em Campo Grande. Estas três capitais terão calor no dígito de 40°C.
Meses seguidos de aquecimento recorde
De acordo com a MetSul, o calor muito intenso deste fim de ano se insere em um contexto mundial e nacional de meses seguidos de temperatura acima do normal e recordes. Os meses de setembro, outubro e novembro no mundo foram os mais quentes já registrados no planeta e por uma larga margem.
Levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia mostra que o Brasil tem recordes mensais de temperatura média nacional por cinco meses seguidos. Julho, agosto, setembro, outubro e novembro tiveram as temperaturas médias mais altas no país já observadas. O maior desvio ocorreu em setembro com +1,6ºC e o segundo mais alto em novembro com +1,5ºC, informou a consultoria climática.
Verão mais quente que o normal
A previsão climática da MetSul Meteorologia indica um verão de temperatura acima a muito acima da média na maior parte do Brasil em 2024. Assim, o calorão de agora tende a se repetir outra vezes ao longo do estado e em alguns estados com ainda maior força do que agora.
O verão de 2024 se desenha quente com temperatura acima da média no Sul do país. Diferentemente do período de 2020 a 2023, sob La Niña, que favoreceu estiagens em todos os verões, o verão próximo deve ter mais chuva e umidade, o que vai significar um maior número de dias abafados com noites mais quentes e maior frequência de tempestades de verão.
Fonte: Globo Rural

