Vendas de combustíveis registram alta em Minas
12-07-2021

De acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no acumulado do ano até maio, as vendas de gasolina subiram 6,7% frente a igual período de 2020. Também foi vista alta de 6,1% no consumo de etanol hidratado e de 13,8% no de diesel. A estimativa é de que o mercado continue aquecido ao longo dos próximos meses.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Guimarães, os números do setor são positivos e, em alguns combustíveis, já estão superando os resultados do mesmo período de 2019.

“Estamos vendo o mercado de combustíveis se recuperando e voltando aos patamares de 2019. Nós tivemos um resultado em maio de 2021 bem melhor que o anterior, o que mostra que estamos superando a crise gerada pela pandemia”, disse.

No caso da gasolina, entre janeiro e maio, o consumo em Minas alcançou 1,3 milhão de metros cúbicos, variação positiva de 6,7% sobre o mesmo período de 2020. Na comparação entre maio de 2021, quando o consumo somou 292,1 mil metros cúbicos, com maio de 2020, a elevação ficou em 21,3%, e no confronto com maio de 2019, a alta é de 5,14%.

 Avanço também foi visto no consumo de etanol hidratado. Ao longo dos primeiros cinco meses de 2021 foram vendidos 1,12 milhão de metros cúbicos, incremento de 6,1% frente ao mesmo período de 2020. Somente em maio, a comercialização somou 214,7 mil metros cúbicos de etanol, variação positiva de 12,5% sobre maio de 2020.

 No caso do diesel, Minas Gerais comercializou 2,9 milhões de metros cúbicos entre janeiro e maio, o que representa um avanço de 13,8% sobre os primeiros cinco meses de 2020. Somente em maio, o volume vendido cresceu 15,6% sobre maio de 2020, atingindo um total de 623,4 mil metros cúbicos. O volume ficou 6% maior quando comparado com maio de 2019.

Dentre os fatores que contribuem para o aumento da demanda pelos combustíveis, segundo Guimarães, estão o avanço da vacinação contra a Covid-19, a reabertura das atividades econômicas, a retomada das aulas e a expectativa de recuperação da economia.

“Se o cenário continuar positivo, sem uma nova onda da pandemia, acreditamos que vamos encerrar 2021 com números positivos. Já estamos vendo uma maior movimentação de carros nas ruas e o comércio funcionando mais próximo do normal. Além disso, com o retorno das aulas, a tendência é que o consumo de combustíveis suba mais”, avaliou.

Apesar da expectativa positiva, os constantes aumentos dos preços dos combustíveis são um dos desafios“Os reajustes podem interferir de forma negativa na demanda pelos combustíveis. Os preços da gasolina, por exemplo, já acumulam alta próxima a 50% no acumulado deste ano. Certamente estas altas prejudicam a retomada”, disse Guimarães.

Produção de combustíveis

Em relação à produção, os dados da ANP mostram que na Regap, em Betim, na RMBH, a produção de gasolina A somou 158,8  mil metros cúbicos em maio, variação positiva de 51% frente a maio de 2020. A produção acumulada nos cinco meses do ano está 15,3% superior e somando 784,5 milhões de metros cúbidos. 

 Já a produção de etanol caiu 7,3% entre janeiro e maio de 2021 frente a igual período do ano passado, com a fabricação de 405,1 mil metros cúbicos. Em maio, foi produzido o maior volume mensal de 2021, 231,239 mil metros cúbicos, queda de 1,55% frente a maio de 2020.

No caso do diesel, a produção já soma 1,4 milhão de metros cúbicos, elevação de 9,6% frente à produção dos primeiros cinco meses de 2020. No confronto de maio 2020 com igual mês de 2021, a produção saiu de 265,7 mil metros cúbicos para atuais 312,2 mil metros cúbicos, 17,47% superior.

Fonte: Diário do Comércio 

Do site: Siamig