Vendas de máquinas agrícolas recuaram em março, informa Abimaq
01-05-2024

Cerca de 60% do faturamento do setor é formado por maquinários voltados para a produção de soja e milho — Foto: Wenderson Araujo/CNA
Cerca de 60% do faturamento do setor é formado por maquinários voltados para a produção de soja e milho — Foto: Wenderson Araujo/CNA

Entidade quer rever expectativa de negócios em 2024 após a Agrishow

Por Fernanda Pressinott — São Paulo

A receita líquida das vendas de máquinas e implementos agrícolas somou R$ 4,03 bilhões em março, 6,6% menos que no mesmo mês de 2023, informou a Associação Brasileira da Indústria de Máquina e Equipamentos (Abimaq). No ano, a retração é de 44,9%, com um total de R$ 11,7 bilhões.

Em volume, as vendas foram de 4.509 unidades no mês, 38,7% menos que em março do ano passado. No acumulado de 2024, o recuo do volume é de 37,4%, para 10.621 unidades.

As vendas internas caíram 36,4% em março, para 4.117 unidades. Nos primeiros três meses, o recuo foi de 37,4%, para 9.323 máquinas. Desse total, 926 foram colheitadeiras (queda de 54,7%) e 8.397 tratores (-34,6%).

Já as exportações recuaram 55,7% em março, na comparação anual, para 392 unidades, enquanto no ano, a baixa foi de 37,7% para 1.298 máquinas vendidas.

“Esses números são as vendas das fábricas para as revendas, mas desconfiamos que das concessionárias para os produtores, os números estão melhores. Muitas indústrias paralisaram operações porque os estoques das revendas estão altos”, disse Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, em coletiva para a imprensa durante a Agrishow.

Ele também afirmou que 60% do faturamento do setor é formado por maquinários voltados para a produção de soja e milho. No entanto, outros segmentos do agronegócio estão indo muito bem, como cana e arroz, e para esses, as vendas estão boas.

A Abimaq havia divulgado uma expectativa de queda de 15% na receita líquida de vendas em 2024, mas fará uma revisão no número após a Agrishow.

A entidade solicitou ao governo R$ 36 bilhões para o Plano Safra 2024/25, sendo R$ 26 bilhões para as duas linhas de Moderfrota e R$ 10 bilhões para o Pronamp.

Fonte: Globo Rural