Yara inicia a produção de amônia renovável a partir de resíduos da cana-de-açúcar
09-12-2024

Insumo possui redução de 75% na pegada de carbono, em comparação a produtos de origem fóssil

A Yara anunciou a produção de amônia renovável no Brasil. O insumo possui redução de 75% na pegada de carbono, em comparação a produtos de origem fóssil. A amônia renovável vai fazer parte da operação e portfólio da companhia, e tem potencial para impactar toda a cadeia dos fertilizantes nitrogenados.

O biometano que será utilizado é produzido a partir da vinhaça da cana-de-açúcar e disponibilizado pela Raízen, em Piracicaba, no interior paulista. Agora, a empresa passa a utilizar o gás em sua operação para a produção de amônia. 

Segundo a empresa, ele pode substituir o uso de gás natural e assim, originar fertilizantes nitrogenados com menores níveis de emissão de carbono. 

Atualmente, o Complexo Industrial da Yara, localizado em Cubatão–SP, é o maior consumidor de gás natural do estado, além de ser o principal produtor de amônia do país. 

“Este é um avanço significativo na construção de cadeias de valor baseadas em energias renováveis. O nitrogênio é utilizado em inúmeras indústrias, incluindo a de alimentos e mineração, assim como no setor de transporte, tanto onshore quanto offshore. Para o agronegócio, o impacto é enorme. Ao combinar esta nova geração de fertilizantes com menor pegada de carbono ao nosso conhecimento agronômico, traremos ainda mais valor para o agricultor – abrindo novos mercados e fontes de receita”, diz Marcelo Altieri, presidente da Yara Brasil. 

Segundo Altieri, a expectativa é de que, apenas na cadeia produtiva de café, a redução na pegada de carbono seja de 40%. 

Além das fontes de energia renovável, outros produtos que utilizam captura e armazenamento de carbono (CCS) também farão parte significativa do portfólio da Yara. A meta da empresa norueguesa é atingir a neutralidade de carbono até 2050.

Fonte: DATAGRO