Com irrigação por gotejo, o setor pode parar de pensar em cana de cinco ou seis cortes
15-12-2021
Em São Paulo, canaviais irrigados por gotejo, no oitavo corte apresentam produtividade média de 130 TCH
Renovar canaviais a partir do quinto ou sexto corte passou a ser a média do setor sucroenergético brasileiro. Não que seja uma norma, mas isso acontece em razão da queda da produtividade registrada a cada corte e que, quando chega no quinto ou sexto deixa de ser competitiva. No entanto, a renovação do canavial é a parte mais cara do processo produtivo da cana, assim, o ideal é ter canaviais longevos com alta produtividade. O uso da irrigação, principalmente a de gotejo, apresentasse como importante ferramenta para alcançar esse objetivo.
Em mais de 20 anos de atuação no Brasil, os ganhos decorrentes dos projetos da Netafim são notórios. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que a média de produtividade das lavouras do Centro-Sul em 2018 atingiu 76,26 Tonelada de Cana por Hectare (TCH). No mesmo ano, as áreas irrigadas com a tecnologia da empresa alcançaram médias de 131,47 TCH, um avanço de 55 ton/ha. No Nordeste, o crescimento foi ainda maior, cerca de 65 ton/ha a mais do que a média regional.
Daniel Pedroso, Especialista Agronômico da Netafim reforça que, ao utilizar a tecnologia de irrigação por gotejo da empresa, o produtor ou usina não alcançarão apenas um pico de produtividade que logo despencará. Pelo contrário. Esses números se manterão altos por, no mínimo, 12 cortes. “Quando irrigamos por gotejamento, paramos de falar de cana de cinco ou seis anos e começamos a pensar em canas acima de 12 anos. Lembrando que são áreas longevas, mas de alta produtividade. Temos canaviais em São Paulo indo para o oitavo corte com uma produtividade média de 130 TCH.”
Daniel Pedroso salienta que, ao “pular” uma ou duas reformas, o produtor ou usina não terão de arcar com altas despesas com implantação, derrubando assim seus custos de produção. E ao produzir mais em uma mesma área, haverá diluição dos gastos com insumos e CTT (Corte, Transbordo e Transporte) e melhoria da pontuação geral da usina no Renovabio.
O profissional da Netafim observa ainda que, quando a reforma se fizer necessária, não será preciso investir em estrutura de irrigação novamente, pois apenas os tubos gotejadores serão trocados, que representam aproximadamente de 35% a 40% do custo total de um projeto. Os demais itens, como moto bomba e filtros, serão mantidos e permanecerão em uso no novo canavial.
No momento em que a reforma se fizer necessária, novo investimento será apenas de 35% a 40% do custo total do projeto inicial de gotejo
Foto: Divulgação Netafim
“Juntos, esses benefícios compensam o custo inicial um pouco mais elevado do sistema do gotejo em comparação com outras modalidades de irrigação. Nossa tecnologia se paga facilmente em 3,5 anos tomando como base os preços históricos de açúcar e etanol. No entanto, em face dos patamares atuais, esse retorno ocorrerá em apenas 1,5 ano”, observa Daniel.
Lembrando que a experiência da Netafim em irrigação é fruto da vivência com a escassez hídrica em seu país de origem, Israel, onde os avanços em irrigação transformaram desertos em lavouras altamente produtivas. Atualmente, a empresa oferece duas modalidades tecnológicas de gotejo para cana-de-açúcar. Em canaviais comerciais, é recomendada a irrigação por gotejamento subterrânea. Já em viveiros (Cantosi ou Meiosi), é possível instalar as mangueiras e tubos gotejadores de forma superficial e movê-los para novas áreas sempre que necessário. Essas soluções podem ser instaladas de pequenos a grandes canaviais.
Veja matéria completa: http://www.canaonline.com.br/conteudo/irrigacao-por-gotejo-garante-canaviais-longevos-com-alta-produtividade-reduzindo-o-custo-da-producao-canavieira.html
Fonte CanaOnline

