Diminuir uso de fertilizantes não é o melhor caminho para reduzir o custo da produção de cana
20-06-2022

Aumento de produtividade das áreas irrigadas via gotejo dilui melhor os custos com o uso de fertilizantes. Foto: Divulgação Netafim
Aumento de produtividade das áreas irrigadas via gotejo dilui melhor os custos com o uso de fertilizantes. Foto: Divulgação Netafim

Correto é apostar em tecnologias que permitam aumento de produtividade e, consequentemente, diluição dos custos

Um dos questionamentos mais comuns quando se fala em aplicação de nutrientes via gotejamento é um possível gasto maior de fertilizantes por hectare. Teoricamente, é verdade, já que uma planta que cresce mais necessitará ser mais estimulada nutricionalmente. No entanto, devido ao expressivo aumento de produtividade propiciado pelo manejo, ocorrerá uma redução do custo real de produção, pois a quantidade de fertilizantes por tonelada de cana produzida será menor em comparação com as aplicações convencionais.

Especialista Agronômico da Netafim, Daniel Pedroso detalha um experimento conduzido no oeste do Estado de São Paulo, em uma área de 140 hectares e que recebeu um acumulado de chuvas de 1.069 mm. Devido a esse clima mais árido, houve uma necessidade maior de irrigação, conduzida tanto via sistema de gotejamento (409 mm) como por canhão/salvação (120 mm).

Na área irrigada pela tecnologia da Netafim, foram aplicados os seguintes volumes de nutrientes: 150 kg/ha de nitrogênio, 52kg/ha de fósforo e 160 kg/ha de potássio. Já na área de canhão/salvação, as doses utilizadas foram menores: 100 kg/ha de nitrogênio, 50 kg/ha de fósforo e 100 kg/ha de potássio.

Quando é visualizada a divisão de quilos utilizados por produtividade alcançada (155,49 ton/ha no gotejo contra 67 ton/ha da área de canhão/salvação) fica visível a melhor eficiência nutricional entregue pela tecnologia da Netafim: 0,96 kg/ton de nitrogênio contra 1,54 kg/ton; 0,33 kg/ton de fósforo contra 0,77 kg/ton; e 1,03 kg/ton de potássio contra 1,54 kg/ton.

Para o pesquisador Emídio Cantídio Almeida de Oliveira, Professor Associado I do Departamento de Agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) na área de Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral de Plantas, esses números atestam a força desse sistema na diluição sustentável dos custos de produção.

Segundo ele, diante da alta dos fertilizantes, muitas usinas têm diminuído sua nutrição, acreditando que estão reduzindo custos, quando na verdade estão apenas perdendo produtividade. No final do ciclo, o impacto decorrente da queda na produção será maior do que o valor “economizado” anteriormente. Isso ocorre especialmente em canas de altas taxas de crescimento, como no caso das irrigadas via gotejo. “Não é correto pensar que estamos colocando mais adubo. Devemos olhar para o aumento de produtividade proporcionado. Dessa forma, na hora do balanço final, haverá uma real redução dos custos totais, pois o custo de fertilizante por tonelada produzida será menor.”

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