Tecnologia de gotejo valoriza o uso da água e potencializa os benefícios da irrigação
04-11-2021

Irrigação por gotejamento alcança eficiência de 95% a 100% em função de seus tubos estarem enterrados e com fácil acesso às raízes durante todo o período de desenvolvimento da cana. Foto: Divulgação Netafim
Irrigação por gotejamento alcança eficiência de 95% a 100% em função de seus tubos estarem enterrados e com fácil acesso às raízes durante todo o período de desenvolvimento da cana. Foto: Divulgação Netafim

Uma das modalidades mais comuns de irrigação é por aspersão, mas sua a eficiência gira entre 80% e 85%

O uso de irrigação em canaviais é uma prática comum na região Nordeste do Brasil, mas no Centro-Sul ainda é pontual, porque até pouco tempo, muitos não viam como necessidade, também devido à dificuldade da autorização de outorgas para o uso da água e o alto custo desse bem natural.

Uma das modalidades mais comuns de irrigação é por aspersão. O método é bastante simples: através de um emissor e com a pressão certa, a água é projetada pelo ar, se dissipando em gotículas pelo espaço, e caindo por cima das plantações, assim como a chuva.

No entanto, ao serem projetadas no ar, essas gotículas podem acabar facilmente sendo arrastadas pelo vento – irrigando a área do vizinho - ou evaporadas antes de alcançarem a lavoura. Grande porcentagem dessa água pode ainda ficar retida sobre as folhas, não chegando ao alvo principal: as raízes. Por conta disso, a eficiência dessa modalidade gira entre 80% e 85%.

Essas inconveniências da irrigação tradicional é outro ponto que pesa negativamente para a adoção em maior escala dessa prática, principalmente nas lavouras paulistas, onde a política do uso da água na agricultura é bastante restrita.

Mas é aí que entra o avanço tecnológico na área de irrigação, o gotejamento. Um meio mais sustentável do uso da água na agricultura. Daniel Pedroso, especialista Agronômico da Netafim, empresa pioneira e líder mundial em soluções para irrigação, salienta que a eficiência da irrigação por gotejamento vai de 95% a 100%. Além disso, esse sistema entrega as quantidades ideais de recursos hídricos de acordo com as fases do seu cultivo, no momento certo e diretamente na raiz da planta, maximizando o rendimento e a economia.

O profissional observa que o gotejo permite irrigar a cana-de-açúcar sempre que necessário, ao contrário da irrigação por aspersão, uma vez que é impossível entrar com sua estrutura no meio de canaviais mais velhos. “Se uma área de 10 meses enfrentar um período de elevada deficiência hídrica, apenas a irrigação por gotejamento conseguirá ‘salvar’ a cana.”

Outro diferencial da tecnologia é a possibilidade de aplicação de moléculas químicas e orgânicas e produtos biológicos através dos mesmos equipamentos de injeção de água. “O ‘Drip Protection’ foi desenvolvido pela Netafim e permite ao agricultor aprimorar sua adubação convencional, aplicando parte dos nutrientes de forma mais parcelada seguindo uma agenda previamente determinada visando suprir a necessidade da planta para seu pleno desenvolvimento e produção. Além de uma cana mais vigorosa, essa prática também reduz custos de aplicação, evita a alta salinidade causada pelo uso excessivo de fertilizantes e impede a lixiviação e, consequentemente, a perda dos produtos aplicados.”

Além de água, é possível aplicar moléculas químicas e orgânicas e produtos biológicos através do sistema de irrigação por gotejamento

Foto: Divulgação Netafim

A experiência da Netafim em irrigação é fruto da vivência com a escassez hídrica em seu país de origem, Israel, onde os avanços em irrigação transformaram desertos em lavouras altamente produtivas. E essa possibilita que a empresa entrega à lavoura canavieira. Atualmente, a Netafim oferece duas modalidades tecnológicas de gotejo para cana-de-açúcar. Em canaviais comerciais, é recomendada a irrigação por gotejamento subterrânea. Já em viveiros (Cantosi ou Meiosi), é possível instalar as mangueiras e tubos gotejadores de forma superficial e movê-los para novas áreas sempre que necessário. As soluções podem ser instaladas de pequenos a grandes canaviais. “Temos exemplos de viveiros de apenas cinco hectares até lavouras comerciais de 10 mil hectares. A eficiência será sempre a mesma”, ressalta Pedroso.

Confira matéria completa clicando no link: http://www.canaonline.com.br/conteudo/com-irrigacao-por-gotejo-usina-japungu-e-usina-bevap-registram-produtividade-superior-a-100-tch-em-canaviais-acima-de-dez-cortes-.html